Scioli reconhece derrota para Macri e diz: "Dei o melhor de mim"
O candidato da oposição na Argentina, Mauricio Macri, foi eleito neste domingo (22) presidente do país após um inédito segundo turno, vencendo Daniel Scioli, postulante da situação. A vitória de Macri encerra 12 anos de comando do kirchnerismo no país.
Scioli reconheceu a derrota para Macri com pouco mais de 70% das urnas apuradas, com 53,2% dos votos válidos para o opositor. Várias pesquisas de boca de urna já apontavam a vitória do opositor.
Em sua primeira aparição pública após o anúncio da apuração que confirma o triunfo do candidato da aliança Mudemos, Scioli explicou que falou com Macri para felicitá-lo pelos resultados.
"Eu dei o melhor de mim. Se optou por uma mudança, Deus queira e ilumine o engenheiro Macri e que essa mudança seja pelo bem de nosso povo", acrescentou o candidato governista, que falou com o semblante sério à imprensa em seu quartel-general de campanha.
"Esperamos que cuidem de todas estas conquistas, todos estes direitos conseguidos durante os 12 anos de governos kirchneristas", disse.
"A dinâmica do segundo turno elegeu a alternância. É nossa democracia, temos que fazê-la amadurecer dia a dia e cuidar dela. Hoje demos uma manifestação exemplar ao mundo", acrescentou Scioli.
O ainda governador de Buenos Aires adiantou que, a partir do próximo dia 10 de dezembro, quando deixar o cargo, buscará "de onde estiver poder defender coerentemente um ideal, um projeto de país que começou há 12 anos, com um sonho, o que parecia inalcançável foi conseguido: a Argentina se transformou".
Antes de concluir, expressou sua vontade de colaborar com sua sucessora, María Eugenia Vidal, da aliança Mudemos, que em três semanas se tornará a primeira governadora da província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país.
No primeiro turno, Scioli teve 36,6% dos votos, contra 34,5% de Macri, que já iniciou a campanha do segundo turno como favorito. (Com EFE)
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