Terceiro suspeito é preso por ligação com morte de Kim Jong-nam
A polícia da Malásia deteve nesta quinta-feira (16) um terceiro suspeito por ligação com o assassinato de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
"Ele foi detido para facilitar as investigações porque ele é o namorado da segunda suspeita", disse o chefe da polícia do Estado de Selangor, Abu Samah Mat.
Ele se referia a suspeita presa mais cedo nesta quinta-feira e que foi identificada como Siti Aishah, nascida na Indonésia, de 25 anos.
A mulher, que estava sozinha no momento da prisão ocorrida durante a madrugada desta quinta (hora local), aparecia nas gravações feitas pelas câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, onde, na última segunda-feira (13), ocorreu o crime.
Na quarta-feira (15), uma primeira suspeita foi presa, uma vietnamita identificada como Doan Thi Huong, 28. A mulher tentava deixar o país rumo ao Vietnã, quando foi detida pela polícia, diz o jornal "The Star".
O corpo do norte-coreano está desde quarta-feira no Hospital Geral de Kuala Lumpur.
Inicialmente, as autoridades malaias haviam identificado a vítima como Kim Chol, que era o nome que constava dos documentos encontrados com ele. Mas, na manhã desta quinta, Seul confirmou a identidade como sendo a do irmão de Kim Jong-un. O norte-coreano faleceu na segunda enquanto era levado a um hospital de Putrajaya, a capital administrativa do país, após adoecer subitamente antes de embarcar em um avião com destino a Macau.
Kim Jong-nam chegou a ser considerado como o melhor posicionado para substituir seu pai à frente do regime norte-coreano até cair em desgraça com a mudança de século, e desde então acredita-se que residia entre Hong Kong, Macau e Pequim sem ocupar nenhum cargo oficial.
O primogênito do antigo ditador perdeu definitivamente a preferência do pai quando em 2001 foi detido em um aeroporto de Tóquio com um passaporte falso que pretendia usar para entrar no Japão e supostamente visitar o parque Disneylândia.
Fruto da relação entre o ditador e a atriz Song Hye-rim, Kim Jong-nam atraiu a atenção nos últimos anos com suas críticas contra as políticas do regime norte-coreano e seu sistema de sucessão, expressadas através de sua correspondência com um jornalista japonês, disse uma televisão do mesmo país.
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