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Atentados são contra todos os países que defendem a liberdade, diz Rajoy

Autoridades e público em geral aplaudem depois de observar um minuto de silêncio pelas vítimas do atentado em Barcelona, na Plaza de Catalunya - Javier Soriano/ AFP
Autoridades e público em geral aplaudem depois de observar um minuto de silêncio pelas vítimas do atentado em Barcelona, na Plaza de Catalunya Imagem: Javier Soriano/ AFP

Do UOL, em São Paulo

18/08/2017 09h43Atualizada em 18/08/2017 10h04

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse que os atentados em Barcelona e Cambrils são "contra todos os países que defendem a liberdade e os valores democráticos", em pronunciamento nesta sexta-feira (18).

Segundo Rajoy, o objetivo agora é "deter os autores dos atentados com a máxima de celeridade possível". Rajoy disse que é preciso esclarecer os fatos, deter os culpados e no futuro evitar que novos ataques ocorram. "É muito importante trabalhar juntos e trocar tudo que haja para trocar. É o principal problema da Europa neste momento", disse.

Conforme investigações avançam, começam a aparecer detalhes do plano para o duplo atentado na Espanha. Até agora, quatro foram presos e cinco mortos, possivelmente membros de uma ampla célula terrorista.

Em um intervalo de algumas horas, a Espanha foi alvo de dois ataques terroristas reivindicados pelo "Estado Islâmico", ambos na Catalunha e com o mesmo método: atropelamento.

Desde o primeiro ataque, que aconteceu nesta quinta-feira (17) no movimentado calçadão de Las Ramblas, a polícia afirma ter detido quatro suspeitos – mas fala no envolvimento de até 12 pessoas.

Segundo informações divulgadas pela mídia espanhola nesta sexta-feira, os autores dos ataques em Barcelona e na cidade vizinha de Cambrils aparentemente fazem parte de uma única célula terrorista.

Citando investigadores da polícia, o jornal El País informou que o grupo consistia em 12 pessoas, cinco das quais foram mortas em um tiroteio com policiais em Cambrils, e três, incluindo o motorista da van de Barcelona, continuam em fuga.

Entre os quatro presos, está um marroquino detido em Ripoll (cerca de 100 quilômetros a norte de Barcelona) e um espanhol preso em Alcanar (cerca de 200 quilômetros ao sul da capital catalã), onde uma explosão ligada ao ataque ocorrera na noite de quarta-feira. A terceira detenção aconteceu nesta sexta-feira, também em Ripoll, mas não foram fornecidas maiores informações sobre o suspeito. Não há detalhes ainda sobre a quarta prisão.

O que ainda não está claro

A van utilizada no ataque era propriedade de uma empresa de aluguel de automóveis. Inicialmente, a polícia havia divulgado o nome e a foto do principal suspeito: Driss O., um jovem nascido no Marrocos e que reside legalmente em Ripoll, pois seus documentos foram usados no aluguel da van.

Porém, o suspeito afirmou à polícia que seus documentos haviam sido roubados. A hipótese, ainda não confirmada pelas autoridades, é que seu irmão menor, de 17 ou 18 anos e identificado como Moussa O., estaria por trás do ataque. Não se sabe se ele está armado.

Uma outra van suspeita de ligação com o atentado também foi encontrada na cidade de Vic, a 70 quilômetros de Barcelona. A função do veículo ainda não foi esclarecida.