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O que se sabe sobre o atentado com uma caminhonete em Nova York

Do UOL, em São Paulo

31/10/2017 21h57Atualizada em 01/11/2017 02h51

Pelo menos oito pessoas morreram atropeladas nesta terça-feira (31) na ilha de Manhattan, em Nova York, após o motorista de uma caminhonete invadir uma ciclovia.

Cinco dos oito mortos no atropelamento que aconteceu em Manhattan na tarde desta terça-feira (31) eram argentinos, segundo informações do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, e um deles era uma mulher da Bélgica, segundo o chanceler do país, Didier Reynders

O incidente é tratado como atentado terrorista pelas autoridades.

Poucas horas depois do fato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou ter ordenado o reforço do programa de controle de estrangeiros que tentam entrar no país.

Como ocorreu o atentado?

O motorista de uma caminhonete alugada branca, em Nova Jersey, com um logo da rede de ferragens Home Depot, invadiu a ciclovia na rua West e desceu no sentido sul atropelando pessoas em seu trajeto. Ao deixar a ciclovia, o motorista atingiu um ônibus escolar. Segundo autoridades, ele desceu do carro com duas armas. Posteriormente, a polícia percebeu que não eram armas verdadeiras: eram uma arma de paintball e uma arma de ar comprimido.

Seis das oito vítimas morreram na cena do atentado; outras duas, no hospital. Pelo menos 11 pessoas ficaram feridas. Nenhuma delas corre mais risco de morte.

Quem é o suspeito?

Autoridades informaram oficialmente apenas que seria um homem de 29 anos. Ele foi ferido pela polícia no abdome e hospitalizado. Mas, segundo a imprensa, trata-se de Sayfullo Saipov, cidadão do Uzbequistão que teria entrado nos EUA em 2010. Ainda não há informações sobre o tipo de visto do suspeito.

Durante a entrevista coletiva, foi dito ainda que, segundo o depoimento do detido, trata-se de um atentado terrorista. Saipov tem uma carteira de motorista emitida na Flórida.

Algum grupo assumiu autoria do atentado?

Não explicitamente, mas foi encontrado, no caminhão usado para o ataque, um bilhete escrito em inglês dizendo que o suspeito teria cometido o crime em nome o Estado Islâmico. A informação foi dada por autoridades jurídicas à CNN.

Autoridades confirmaram que o detido agiu sozinho. Mas o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou um tuíte dizendo que "Nós não podemos permitir que o EI retorne ou entre em nosso país após ter sido derrotado no Oriente Médio e em outros lugares. Basta!", disse o presidente.

O jornal "The New York Times" afirma que teriam sido encontradas anotações em árabe perto do veículo --elas indicariam a fidelidade do detido ao Estado Islâmico.

Testemunhas afirmam que ele teria dito "Deus é grande" em árabe, frase que é normalmente dita por terroristas. Mas autoridades não confirmam a informação.

Local do ataque