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Trump chama Maduro de "fantoche de Cuba" em discurso na ONU

24.set.2019 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursa na 74ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York - Carlo Allegri/Reuters
24.set.2019 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursa na 74ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York Imagem: Carlo Allegri/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/09/2019 11h58

Resumo da notícia

  • Em discurso na ONU, Trump chamou Maduro de "fantoche de Cuba"
  • Ele voltou a classificar o governo venezuelano como "ilegítimo"
  • O norte-americano também atacou o Irã

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou o líder venezuelano, Nicolás Maduro, de "fantoche de Cuba" em seu discurso na manhã de hoje durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York. Ele disse que o socialismo venezuelano é um dos maiores desafios dos Estados Unidos e que o regime favorece "a classe dominante".

"O ditador Maduro é um fantoche cubano, protegido por guarda-costas cubanos, se escondendo de seu próprio povo, enquanto Cuba rouba a riqueza do petróleo da Venezuela para sustentar seu próprio governo comunista corrupto", afirmou.

Ele voltou a chamar Maduro de "governo ilegítimo" e disse que os Estados Unidos estão acompanhando a situação da Venezuela muito de perto. "Nós esperamos pelo dia em que a democracia será restabelecida, quando Venezuela será livre e a liberdade será preservada", disse.

"Um dos maiores desafios que nosso país enfrenta é o espectro do socialismo. A Venezuela relembra a todos nós que socialismo e comunismo não são sobre justiça, não são sobre igualdade e certamente não são sobre o bem da nação. Socialismo e comunismo são sobre apenas uma coisa: poder da classe dominante. Hoje eu repito uma mensagem ao mundo que já dei em casa: a América (forma como os americanos chamam os EUA) nunca será um país socialista".

O discurso de Trump foi o segundo do Debate Geral, falando logo após o presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Os dois líderes convergiram ao atacar Cuba e Venezuela e em defender uma agenda patriótica. Segundo Trump, "o futuro pertence aos patriotas".

"O mundo livre deve abraçar suas fundações nacionais. Não deve tentar apagá-los ou substituí-los. Olhando em volta e em todo este grande e magnífico planeta, a verdade é clara: se você quer liberdade, orgulhe-se do seu país. Se você quer democracia, mantenha sua soberania. E se você quer paz, ame sua nação. O futuro pertence à soberania e às nações independentes que protegem seus cidadãos, respeitam seus vizinhos e honram as diferenças que tornam cada país especial e único".

Bolsonaro também atacou Venezuela e Cuba durante seu discurso. "A Venezuela, outrora um país pujante e democrático, hoje experimenta a crueldade do socialismo. O socialismo está dando certo na Venezuela! Todos estão pobres e sem liberdade!", falou.

Imigração, LGBT e Irã

Donald Trump também abordou a questão de imigração ao país e agradeceu ao presidente do México, Lópes-Obrador, pelas políticas de contenção da imigração ilegal aos Estados Unidos.

"Hoje, tenho uma mensagem para os ativistas de fronteira aberta, que se escondem na retórica da justiça social: suas políticas não são justas. Suas políticas são cruéis e más", disse. "Cada um de vocês [se dirigindo aos líderes dos países] tem o direito absoluto de proteger suas fronteiras. E, claro, o nosso país também".

Ele defendeu os direitos da população LGBTI+ e das mulheres, dizendo que os EUA estão trabalhando com outras nações para parar de criminalizar a homossexualidade. "Somos solidários com pessoas LGBTI+ que vivem em países que punem, prendem ou executam indivíduos com base em orientação sexual", apontou. Sobre as mulheres, ele defendeu o direito delas buscarem o desenvolvimento econômico e prosperar.

O presidente americano não deixou de atacar seu inimigo Irã e chamou o regime de uma das "maiores ameaças à segurança enfrentadas pelas nações que amam a paz". Ele voltou a defender a manutenção das sanções contra o governo iraniano. "Enquanto o comportamento ameaçador do Irã continuar, as sanções não serão suspensas, elas serão reforçadas".