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"Chiclete" de 5,6 mil anos achado conserva DNA de garota que o mascou

Concepção artística de Lola, menina que teria vivido no sul da Dinamarca por volta do ano 2.600 a.C.; humano de traços semelhantes teria mascado a resina encontrada - Tom Björklund/Universidade de Copenhague
Concepção artística de Lola, menina que teria vivido no sul da Dinamarca por volta do ano 2.600 a.C.; humano de traços semelhantes teria mascado a resina encontrada Imagem: Tom Björklund/Universidade de Copenhague

Do UOL, em São Paulo

17/12/2019 14h30

Cientistas da Dinamarca identificaram um genoma humano em uma resina de 5,6 mil anos de uma resina da árvore bétula, semelhante a um chiclete. Segundo a revista Nature, trata-se do mais antigo genoma humano extraído de um material que não seja um osso.

O DNA encontrado na amostra pertence a uma mulher jovem, que viveu na Escandinávia por volta do ano 2600 a.C.. Os dados apontam que ela teria pele escura, cabelo escuro, olhos claros e intolerância à lactose. Os pesquisadores deram a ela o nome de Lola.

A resina, um material feito da casca aquecida da bétula, foi encontrada em Syltholm, cidade ao sul da Dinamarca. Em comunicado oficial, o pesquisador Theis Jensen apontou a localização da descoberta como "completamente única".

"Quase tudo está selado em lama, o que significa que a preservação de material orgânico é absolutamente fenomenal", explicou.

Resina mascada - Theis Jensen/Universidade de Copenhague - Theis Jensen/Universidade de Copenhague
Resina mascada era extraída da casca da bétula e servia como cola
Imagem: Theis Jensen/Universidade de Copenhague

A resina da bétula era usada antigamente como adesivo ou cola, uma ferramenta bastante útil na construção de ferramentas durante o Paleolítico. Amostras do material são constantemente encontradas com marcas de dentes, o que indica que a resina era mascada - possivelmente para torná-la mais maleável antes do uso. Outros propósitos, como alívio nas dores de dentes, também são especulados.