A polêmica envolvendo o bigode de embaixador dos EUA na Coreia do Sul
Harry Harris, enviado dos Estados Unidos à Coreia do Sul virou assunto popular entre os internautas coreanos. Mas não por um bom motivo.
O bigode do embaixador vem sendo tema de debates e comentários acalorados nas redes sociais. Tudo porque na visão dos internautas o visual de Harris se assemelha ao dos líderes japoneses que governavam a península coreana com mão de ferro durante a ocupação japonesa.
Alguns dos líderes de guerra mais importantes do Japão, como Hideki Tojo, primeiro-ministro que foi executado por um tribunal do pós-guerra, e o imperador Hirohito, tinham bigodes. Foram 35 anos de dominação japonesa, de Japão de 1910 a 1945.
"Meu bigode, por algum motivo, virou motivo de fascinação por aqui. Entendo que exista um histórico de animosidades entre os países, mas eu não sou um japonês na Coreia, sou um embaixador norte-americano", afirmou ele, em entrevista a jornalistas na tarde de ontem.
Filho de um oficial da Marinha dos EUA e mãe japonesa, Harris é cidadão norte-americano.
Ele já havia gerado animosidade com os sul-coreanosos ao exigir que a Coréia do Sul pagasse mais pelo acolhimento de tropas americanas no país e sugeriu que as críticas vinham de sua herança.
"Colocar este tipo de carga sobre mim simplesmente por algo relacionado ao meu nascimento é um erro", completou.
No final de 2019, ele comentou sobre o assunto, que já começava a ganhar espaço na mídia sul-coreana, e revelou que mudou o visual para marcar o início de sua carreira diplomátia após 40 anos de serviços militares.
"Eu queria fazer uma pausa entre minha vida como oficial militar e minha nova vida como diplomata", disse ele ao jornal Korea Times. "Tentei ficar mais jovem, mas não consegui. Deixar o bigode crescer era algo que eu poderia fazer, então fiz".
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