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Venezuela se diz pronta para se defender em caso de agressão dos EUA

17.mar.2020 - O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fala à TV de Caracas sobre o coronavírus - Presidência da Venezuela/Xinhua
17.mar.2020 - O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fala à TV de Caracas sobre o coronavírus Imagem: Presidência da Venezuela/Xinhua

Do UOL, em São Paulo

06/04/2020 12h57

Autoridades da Venezuela afirmaram estar prontas para se defender, caso haja algum tipo de ataque por parte dos Estados Unidos, a comando do presidente Donald Trump. De acordo com a agência Prensa Latina, o ministro das Relações Exteriores Jorge Arreaza prometeu defender a soberania e a integridade territorial venezuelanas. Nicolas Maduro foi acusado de narcoterrorismo pelos EUA, o que esquentou o clima entre as nações.

Em declarações ao grupo de pesquisa e análise Mission Truth, revisado pelo site do Ministério das Relações Exteriores, Arreaza disse que a Força Armada Nacional Bolivariana está observando os movimentos navais norte-americanos na região, que seriam fruto de uma operação contra o narcotráfico.

"Documentamos relatórios com coordenadas, sabemos o que são os navios, as funções que desempenham, suas capacidades; a FANB monitorou cada etapa e estaríamos prontos para defender a Venezuela em qualquer cenário", disse o ministro.

Nicolás Maduro, em mensagem ontem aos norte-americanos, citou a suposta manobra contra a Venezuela como uma cortina de fumaça para distrair os EUA da pandemia do coronavírus e diz que a tática é uma continuação de uma guerra psicológica contra o país sul-americano.

Para Maduro, enquanto o mundo combate a covid-19, "o governo Trump (...) ordenou o maior destacamento militar nos Estados Unidos para a nossa região em 30 anos, a fim de ameaçar a Venezuela".

"Está claro que o governo Trump constrói uma cortina de fumaça para esconder a gestão improvisada e irregular da pandemia nos Estados Unidos. (...) Hoje a crise é agravada simplesmente porque, apesar de ter recursos, não está disposta a transformar o sistema de saúde em um que priorize o atendimento integral à população ', afirmou Maduro. "Peço, com o coração nas mãos, que não permita que seu país seja atraído, mais uma vez, para outro conflito sem fim, outro Vietnã ou outro Iraque, mas desta vez mais perto de casa."