Polícia francesa dispersa protesto que marca morte de homem negro em 2016
A polícia da França usou gás lacrimogêneo hoje para dispersar manifestantes de um ato que marca a morte de um homem negro em uma operação policial em 2016 que alguns compararam à morte de George Floyd nos Estados Unidos.
Segundo a agência Reuters, os policiais usaram o gás depois que alguns dos manifestantes começaram incêndios e montaram barricadas ao redor da Avenue de Clichy, no norte de Paris.
Milhares de pessoas se reuniram anteriormente para uma manifestação em memória de Adama Traore, que morreu em uma operação policial de 2016.
Traoré tinha 24 anos quando morreu. A investigação judicial concluiu que ele sofria de uma doença cardíaca preexistente, que teria causado sua morte, mas um relatório de peritos independentes contratados pela família concluiu que ele morreu devido ao peso dos três policiais que o mantiveram de bruços, pressionando o corpo do jovem, durante a operação de detenção.
Os manifestantes desafiam uma proibição policial imposta por causa do risco de desordem e do perigo de disseminação do novo coronavírus. Dezoito pessoas foram detidas ontem em Paris, após o protesto que reuniu 20 mil pessoas.
A direita condenou hoje a manifestação, proibida na véspera pela polícia. "Inadmissível", declarou o senador Bruno Retailleau à uma TV, lembrando que os agrupamentos de mais de dez pessoas estão proibidos por causa da crise sanitária.
"A violência não tem lugar na democracia", declarou o ministro do Interior francês, Christopher Castaner, na noite de ontem. Ele também felicitou as forças de segurança pelo sangue frio e domínio da situação.
* Com informações da RFI
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.