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Estou disposto a conversar 'respeitosamente' com Trump, diz Maduro

17.jun.2020 - De máscara, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, grava pronunciamento à televisão no Palácio de Miraflores, em Caracas - Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela/AFP
17.jun.2020 - De máscara, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, grava pronunciamento à televisão no Palácio de Miraflores, em Caracas Imagem: Marcelo Garcia/Presidência da Venezuela/AFP

Do UOL, em São Paulo

22/06/2020 20h12Atualizada em 22/06/2020 20h40

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje que estaria disposto a encontrar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde que a reunião tivesse como base o "respeito mútuo" entre as partes. A declaração é uma resposta às recentes indicações de Trump sobre a possibilidade de diálogo com o venezuelano.

"Assim como me reuni com [Joe] Biden e conversamos de maneira respeitosa, também estaria, no momento que for necessário, disposto a conversar respeitosamente com o presidente Donald Trump. Da mesma forma que conversei com Biden, poderia conversar com Trump", afirmou Maduro à Agência Venezuelana de Notícias (AVN).

O encontro com Biden a que Maduro se referiu aconteceu em 2015, quando o norte-americano, hoje candidato dos Democratas à presidência dos EUA, era vice de Barack Obama. Os dois se reuniram durante a cerimônia de posse de Dilma Rousseff (PT), reeleita presidente do Brasil.

À época, o governo Obama tinha acabado de assinar um decreto que considerava a Venezuela uma "ameaça extraordinária" à segurança dos EUA. Maduro, então, foi a Biden para pedir respeito.

"O que pedimos aos EUA? O que disse ao vice-presidente Biden. Disse-lhe mil vezes, em público e em particular: uma relação de respeito, mais nada", comentou Maduro durante coletiva de imprensa naquela ocasião.

O que disse Trump

Em trechos de uma entrevista ao portal Axios divulgados ontem, Trump declarou não se opor a um encontro com Maduro no futuro. "Talvez eu pense sobre isso. Maduro gostaria de me encontrar. E nunca me oponho às reuniões", afirmou.

Depois, porém, o presidente norte-americano recuou, dizendo que só se reuniria com o venezuelano para discutir sua "saída pacífica do poder". Ele ainda acrescentou que, diferentemente da esquerda "radical", ele sempre se posicionará contra o socialismo e a favor da liberdade do povo da Venezuela.