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Zoológico de NY se desculpa por ter mantido homem negro enjaulado em 1906

O Zoológico do Bronx, em Nova York, disse que reconhece o racismo sistêmico e se compromete a combatê-lo - Getty Images
O Zoológico do Bronx, em Nova York, disse que reconhece o racismo sistêmico e se compromete a combatê-lo Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

01/08/2020 15h26Atualizada em 01/08/2020 15h29

O Zoológico do Bronx, em Nova York, emitiu um comunicado se desculpando por ter mantido um homem negro da África Central, Ota Benga, enjaulado com macacos e exposto aos visitantes do parque durante uma semana, há 114 anos.

A Wildlife Conservation Society, organização que administra o zoológico, afirmou que "lamenta profundamente que muitas pessoas e gerações tenham sido feridas" e que reconhece "que o racismo aberto e sistêmico persiste, e nossa instituição deve desempenhar um papel maior para enfrentá-lo".

De acordo com a CNN norte-americana, Benga, que era do povo Mbuti, da atual República Democrática do Congo, foi exposto na Casa dos Macacos do zoológico por vários dias na semana de 8 de setembro de 1906. Neste período, ele teria sido autorizado a sair da jaula poucas vezes.

Ota Benga passou a resistir e ameaçar trabalhadores e visitantes do zoológico. Ele foi libertado depois que autoridades negras locais expressaram sua indignação e exigiram o fim de sua prisão. Um reverendo o abrigou em um orfanato e, anos depois, ele se suicidou.

Como parte do pedido de desculpas, a Wildlife Conservation Society está disponibilizando todos os registros e arquivos relacionados a Benga.