Com invasão a ministérios, protestos em Beirute deixam 238 feridos
Protestos contra o governo que tomaram hoje as ruas de Beirute, capital do Líbano, deixaram 238 pessoas feridas, segundo a rede Al Jazeera. Desse total, ao menos 63 pessoas precisaram ser levadas a hospitais. Milhares de pessoas saíram às ruas na região central da capital libanesa pedindo por justiça para as vítimas da explosão no porto cidade na última terça-feira (4), que deixou ao menos 158 mortos e mais de 6.000 feridos e 300.000 desabrigados.
A tensão escalou nos protestos, segundo agências de notícias, que passaram a ser chamados de "dia de fúria". Manifestantes culpam a classe política pela explosão. Neste sábado, ocuparam prédios governamentais, como os ministérios das Relações Exteriores, Economia e de Energia, além da Associação Libanesa de Bancos. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que tentavam invadir o parlamento.
Em discurso televisionado neste sábado, o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, anunciou que irá propor eleições parlamentares no país. O governante avaliou que apenas "eleições antecipadas podem permitir a saída da crise estrutural", acrescentando que está disposto a permanecer no poder "por dois meses", enquanto as forças políticas trabalham nesse sentido.
Pelo Twitter, a embaixada dos Estados Unidos em Beirute endossou as manifestações na capital libanesa: "O povo libanês sofreu muito e merece ter líderes que os ouçam e mudem o curso para responder a demandas populares por transparência e prestação de contas. Nós os apoiamos em seu direito de protestar pacificamente e encorajamos todos os envolvidos a evitar atos violentos".
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