Pai de homem baleado por policiais nos EUA diz que filho ficará paraplégico
O pai de Jacob Blake, homem negro que foi baleado pelas costas por policiais em Kenosha, Wisconsin (EUA), disse que o filho ficou paralisado da cintura para baixo.
Imagens mostram que os policiais atiraram pelo menos sete vezes em Blake quando ele caminhava em direção ao seu carro. O caso gerou novos protestos antirracistas na cidade.
Em entrevista ao jornal "Chicago Sun-Times", o pai da vítima, que também se chama Jacob, contou que os médicos ainda não sabem se a lesão será permanente.
"O que justificou todos aqueles tiros?", questiona o pai. "O que justificava fazer isso na frente dos meus netos? O que estamos fazendo?"
Segundo testemunhas, Blake parou o carro para tentar apartar uma briga entre duas mulheres. Os policiais relataram que Blake portava uma faca, o que não foi confirmado pelas testemunhas. Quando retornava para o seu carro, foi atingido pelos disparos. Seus três filhos assistiram a toda a cena.
"Quero colocar minha mão no rosto do meu filho e beijá-lo na testa, então vou ficar bem", disse o pai de Blake. Ele está em Charlotte, na Carolina do Norte, e espera encontrar o filho ainda hoje.
Blake vive em Kenosha há três anos, segundo contou o pai. Ele tem seis filhos, com idades entre 3 e 13 anos.
Protestos
Desde o episódio, ocorrido na noite do último domingo, a cidade tem sido palco de protestos semelhantes aos realizados após as mortes de George Floyd, em Minneapolis, de Raysahr Brooks, em Atlanta, e de Breonna Taylor, em Louisville.
"Os policiais que atiraram em meu filho como um cachorro na rua são responsáveis por tudo o que aconteceu na cidade de Kenosha", disse o pai de Blake. "Meu filho não é responsável por isso. Meu filho não tinha arma. Ele não tinha uma arma".
A Divisão de Investigação Criminal do Departamento de Justiça de Wisconsin está investigando o caso.
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