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Líder da oposição de Belarus diz que foi ameaçada de morte

Maria Kolesnikova rasgou o passaporte para não ser deportada - VASILY FEDOSENKO/REUTERS
Maria Kolesnikova rasgou o passaporte para não ser deportada Imagem: VASILY FEDOSENKO/REUTERS

Do UOL, em São Paulo*

10/09/2020 09h43

Líder da oposição em Belarus, Maria Kolesnikova disse que foi ameaçada de morte durante a tentativa de deportação forçada para a Ucrânia no início desta semana.

Kolesnikova disse, em uma queixa formal divulgada por seu advogado, que agentes do comitê de segurança país colocaram um saco em sua cabeça e a levaram até a fronteira com a Ucrânia.

"Eles ameaçaram me matar. Eles declararam que, se eu me recusar a deixar o território da Belarus voluntariamente, eles me tirariam do país de qualquer maneira - viva ou em pedaços. Também houve ameaças de me prender por até 25 anos", disse.

Detida na segunda-feira (7), Kolesnikova destruiu seu passaporte no dia seguinte para evitar sua expulsão do país. Ela continua presa na capital bielorrussa de Minsk acusada de comprometer a segurança nacional como parte de uma investigação criminal contra membros do alto escalão do Conselho de Coordenação da oposição. A líder pode pegar até cinco anos de prisão, se for condenada.

Sua advogada, Lyudmila Kazak, apresentou uma queixa criminal contra as autoridades bielorrussas, incluindo a polícia de segurança da KGB, por sequestro, detenção ilegal e ameaças de assassinato, disse o portal de notícias Tut.By. A denúncia foi encaminhada ao Comitê de Investigação estadual.

Kolesnikova emergiu como uma das líderes dos protestos de um mês contra a reeleição do presidente Alexander Lukashenko. Ela faz parte do Conselho de Coordenação criado por ativistas da oposição para pressionar por uma nova eleição.

*Com informações da AP e Reuters.