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Mulher nascida com distúrbio supera bullying e encontra 'amor verdadeiro'

Chelsey e o marido Matt - Chelsey Peat/Caters News
Chelsey e o marido Matt
Imagem: Chelsey Peat/Caters News

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/10/2020 11h07

Chelsey Peat é uma canadense que, hoje, aos 34 anos, diz ter encontrado o "amor verdadeiro". Mas o caminho até ele não foi nada fácil. Isso porque ela nasceu com uma condição rara, chamada Síndrome de Sturge-Weber. O distúrbio neurológico causou uma grande marca de nascença no lado esquerdo do rosto e um glaucoma em seu olho esquerdo, que dificultaram sua autoaceitação.

O bullying sofrido por ter a mutação genética fez com que seus tempos de escola fossem muito difíceis. "Eu não tive muitos amigos enquanto crescia, poderia ser uma época muito solitária", disse Chelsey ao jornal Daily Mail.

Chamada de "esquisitona" e "monstro", e rebaixada pelos outros, ela era atormentada todos os dias no colégio que ela chama de "inferno na Terra". O cenário ficou ainda pior para ela após o lançamento de um filme do Batman. O apelido de "Duas-Caras", em alusão ao vilão que ficou com uma cicatriz horrível no lado esquerdo do rosto após um ataque químico, pegou, e em todos os lugares ela ficou conhecida assim.

Os abusos foram tantos que Chelsey chegou a acreditar que nunca encontraria um amor verdadeiro para construir uma família. Felizmente, ela estava errada.

Depois de conhecer Matt, por meio de amigos em comum em 2004, eles começaram a conversar mais online. Eles foram se dando bem, logo viraram namorados, e o casamento veio em 2008. O casal deu as boas-vindas a duas menininhas, Athena, hoje com 13 anos, e Zelda, de 3. E Chelsey ganhou a família que um dia nem sequer sonhou ter.

Chelsey com suas filhas - Chelsey Peat/Caters News - Chelsey Peat/Caters News
Chelsey, agora mãe de duas meninas, fala que as dificuldades sociais são parte do passado
Imagem: Chelsey Peat/Caters News

Agora, a inspiradora mãe está compartilhando sua história para aumentar a conscientização sobre sua condição, e dar esperança a outras pessoas que podem ter sido vítimas de bullying por suas diferenças faciais.

"A autoaceitação foi uma batalha", diz hoje a mulher realizada, que não deseja que outras pessoas precisem passar pelo mesmo.