Apoiadores de Trump protestam em diversos estados: 'Parem a contagem'
Após o candidato à reeleição presidencial dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar — sem provas — que a eleição no país sofreu fraudes, diversos apoiadores do presidente saíram às ruas para protestar. Com placas de "parem a fraude" e "parem a contagem", manifestantes em estados distintos pedem a interrupção da apuração eleitoral.
Mais cedo, Donald Trump escreveu no Twitter que a contagem de votos fosse interrompida. Sem apresentar evidências, ele já havia declarado vitória em estados que não finalizaram a apuração e vem acionando a Justiça contra determinados estados.
Uma das manifestações que ocorre em Phoenix, no Arizona, mira um secretário local e alega, também sem comprovar, que votos favoráveis a Trump não entraram na contagem. O grupo de manifestantes, em torno de 150 pessoas, cercou o prédio onde a apuração ocorre na cidade e demanda a interrupção do processo. No entanto, segundo o jornal New York Times, as autoridades locais pretendem continuar com a contagem.
Outro grupo protestava, até o início da noite, em Detroit, Michigan, onde o democrata Joe Biden é apontado vitorioso — mais de 98% dos votos já foram computados no estado, segundo cálculos da Associated Press. Até as 16h, Biden aparecia com 50,6%, quase três pontos percentuais a mais do que Trump (47,8%).
Elizabeth Fohey, uma aposentada de 74 anos de Troy, no Michigan, disse duvidar que as autoridades eleitorais estejam contando todos os votos conservadores. Ela se queixou que inspetores eleitorais republicanos não tiveram permissão de entrar em um centro de contagem de Detroit — o que não é verdade.
Ainda hoje, a Justiça americana negou pedido da campanha de Trump para suspender votações em Michigan e na Geórgia.
Em Washington, uma procissão de carros e bicicletas patrocinada por ativistas de um grupo chamado Shutdown DC desfilou lentamente pelas ruas da capital para protestar contra "um ataque ao processo democrático" de Trump e seus "facilitadores", de acordo com seu site.
Como está a contagem?
Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as agências de notícias e veículos de comunicação como AFP, AP e Fox fazem extrapolações estatísticas e apontam os vencedores por estado. A AFP chegou a considerar definida a apuração do Arizona — e Joe Biden somava mais 11 votos até a manhã desta quinta-feira (5). A contagem de votos continua no estado.
No sistema eleitoral americano, os 538 votos do Colégio Eleitoral — ou 538 "delegados" — determinam quem será o presidente. Esses 538 votos são distribuídos entre os estados, de forma proporcional, considerando a população de cada um deles. Ganha quem alcançar 270 delegados. O candidato que ganhar a eleição popular dentro do estado leva todos os votos dele no Colégio Eleitoral — com exceção do Maine e de Nebrasca, que dividem seus votos de acordo com os distritos regionais.
Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, a imprensa faz projeções estatísticas e aponta os vencedores em cada estado.
Todos os veículos indicam que cinco estados ainda estão em aberto:
- Pensilvânia (20 delegados)
- Geórgia (16)
- Carolina do Norte (15)
- Nevada (6)
- Alasca (3)
Há dúvida sobre o Arizona, com 11 delegados. Algumas fontes, como AP e Fox News, consideram garantida a vitória do democrata Joe Biden no estado. Outros, porém, como o The New York Times e a AFP, apontam que Trump ainda pode virar.
O estado da Geórgia apresenta 16 delegados e é apontado reduto conservador e republicano desde a década de 1990. Trump lidera por 0,3 ponto percentual. Ele também está vencendo na Carolina do Norte e na Pensilvânia, embora a diferença de 1,8 ponto percentual para Biden neste último já tenha sido de 14 pontos. O republicano é favorito para vencer no Alasca.
Para ser reeleito, Trump precisa confirmar a vitória nesses quatros estados onde lidera, além de virar em Nevada.
Com informações da agência Reuters
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