Sem provas, Trump questiona urnas e cita texto falando em 'eleição roubada'
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a questionar a vitória de Joe Biden nas eleições para a presidência, confirmada ontem após a vitória do democrata na Pensilvânia. Em uma série de tuítes, Trump cita o analista Jonathan Turley e o autor republicano Newt Gingrich para, sem mostrar provas, falar em fraude no pleito e em "roubo". Ontem, Trump se recusou a aceitar a vitória e falou que tomará medidas legais.
"Nós devemos olhar para todos os votos. Estamos só no começo do estágio de tabulação. Nós devemos olhar para essas alegações. Estamos vendo um certo número de declarações juramentadas de que houve fraude no voto. Nós temos um histórico nesse país de problemas nas eleições", diz Trump, atribuindo o texto Turley.
"Na Pensilvânia, houve uma ordem da Suprema Corte para separar as cédulas que chegassem após a horário limite. (...) É um número grande de cédulas. Quando se fala em problemas sistemáticos, é sobre como essas cédulas foram autenticadas, porque se há um problema no sistema de autenticações, isso poderia afetar a eleição inteira. E o que me preocupa é que tivemos mais de 100 milhões de votações por correio em cidades como Filadélfia e Detroit, [cidades] com longas séries de problemas eleitorais", conclui o texto.
Trump não menciona que, nos seus tuítes originais, Turley afirma: "não há atualmente evidências de fraude sistemática nessas eleições, mas há razões amplas para que se conduza revisões".
Em outro texto, citando o autor Newt Gingrich, que disputou as primárias do partido Republicano nas eleições de 2012, Trumo retuitou: "Nós acreditamos que essas pessoas são ladras. As máquinas das grandes cidades são corruptas. Essa foi uma eleição roubada. (...) É impossível que Biden tenha ido melhor que [Barack] Obama em alguns estados. Onde importava, eles roubaram onde tinham que roubar".
Novamente, Trump não apresentou provas para as alegações.
Biden venceu com a confirmação da votação apertada em seu favor na Pensilvânia, no começo da tarde de ontem. A vantagem subiu com a confirmação de que ele também levou o pleito em Nevada, passando dos 270 votos do colégio eleitoral, necessários para sacramentar o resultado.
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