Casal de milionários processa fabricante de iate por 'cheiro de ovo podre'
Um casal de milionários de Londres não está nada satisfeito com o iate de 510 mil libras (R$ 3,65 milhões), comprado em 2017. Não que o preço seja um problema para David Huber e sua mulher, Elena Liesovska, mas o cheiro de "ovo podre" que toma conta da embarcação, entre outros problemas mecânicos, faz com que o casal de investidores queira o dinheiro de volta, além de uma indenização.
O iate X4.3, fabricado pela empresa dinamarquesa, X-Yachts, estava atracado em Port Frejus, durante uma viagem do casal ao sul da França, quando Huber percebeu um "forte cheiro de enxofre" vindo da torneira da cozinha.
Conforme explicado pelo casal ao jornal Daily Mail, a água poluída do local causou o mau cheiro no barco, por este não estar devidamente preparado para o possível inconveniente. Com crescentes corrosões no veículo, causadas pela contaminação, David e Elena entraram em contato com Sebastian Kokelaar, advogado do casal, que logo pesquisou mais sobre a origem do defeito.
Segundo ele, o iate foi exposto à água contendo sulfeto de hidrogênio, formado por bactérias presentes no estuário de Haderslev, onde foi fabricado. O contato do sulfeto de hidrogênio com o navio enfraqueceu o revestimento do casco, que, ineficaz, permitiu que as bactérias da água, na França, entrasse no sistema interno de circulação de água do iate.
O problema hidráulico, segundo Sebastian, causa não só o "cheiro de ovo podre" como também pode corroer outros sistemas do veículo, no que "comprometeria sua integridade". Um especialista confirmou a tese do advogado, que explicou que a única maneira de reduzir os danos seria através de uma reforma ampla e cara.
No processo contra a X-Yachts, Sebastian também cita "vários defeitos" anteriores à contaminação, enfrentados pelos donos do navio. O leme de fábrica teve de ser trocado, pois vibrava excessivamente e tirava de David seu "prazer em navegar".
Por conta dos defeitos de fábrica, David e Elena querem não só o dinheiro gasto no iate de volta como também uma indenização por danos morais. A fabricante nega que o iate tenha sido entregue de forma divergente ao contrato, e afirma que o casal não rejeitou o veículo no prazo de 28 dias para fazê-lo.
O caso chegou ao tribunal para uma audiência preparatória na semana passada e será julgado ainda neste ano.
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