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Fernández diz que Argentina poderá vacinar 300 mil pessoas até o fim do ano

Presidente da Argentina, Alberto Fernández, quer vacinar 300 mil pessoas contra covid-19 até o fim do ano - POOL/Reuters
Presidente da Argentina, Alberto Fernández, quer vacinar 300 mil pessoas contra covid-19 até o fim do ano Imagem: POOL/Reuters

Do UOL, em São Paulo

03/12/2020 11h44

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou hoje que vai assinar esta semana "o contrato com a Rússia" para a vacina contra a covid-19. Segundo ele, o governo pretende vacinar 300 mil pessoas antes do final do ano. As informações são do jornal La Nación.

"Poderemos vacinar 300 mil pessoas antes do final do ano. Cinco milhões de pessoas em janeiro e cinco milhões em fevereiro", disse o presidente em entrevista à Rádio El Uncover.

Fernández agradeceu ao governo de Vladimir Putin por fornecer à Argentina acesso à vacina Sputnik V.

"Este contrato está pronto para ser assinado. Estou muito feliz e grato ao governo russo, porque eles têm nos apoiado totalmente e nos deram a vacina de que precisávamos com rapidez", disse o presidente.

A Rússia anunciou na semana passada que a Sputnik V, desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Gamaleya, tem eficácia de mais de 95% após a aplicação da segunda dose. Os dados são preliminares e ainda não foram revisados e publicados por uma revista científica.

O imunizante está na fase 3 de testes, a última antes de ser aprovada para aplicação em massa. Participam dessa etapa do estudo 40 mil voluntários na Rússia, Belarus, Emirados Árabes Unidos, Índia e Venezuela.

Mesmo que o medicamento ainda não tenha concluído todos os testes clínicos, a Rússia iniciou nesta segunda-feira (30) o processo de vacinação da sua população.

Apesar das polêmicas iniciais relacionadas à vacina do instituto russo, como o registro antes mesmo de iniciar a última fase de testes, as etapas iniciais tiveram sua segurança confirmadas por um estudo técnico publicado na revista "The Lancet".

Pfizer pede autorização na Argentina

Ontem, o laboratório americano Pfizer apresentou uma documentação à Anmat (Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica) da Argentina para que seja autorizado o uso de sua vacina contra a covid-19 no país.

Em entrevista à rádio Rivadavia, o ministro da Saúde argentino, Ginés González García, não disse quanto tempo levará o trâmite, mas estimou que a vacina irá obter a aprovação no país, após ser autorizada na Inglaterra.

A Argentina registra uma das mais altas taxas de letalidade por covid-19 do mundo, com quase 39 mil mortos e 1,43 milhão de infectados em um país de 44 milhões de habitantes.

O governo argentino pretende dispor de 60 milhões de doses e imunizar 100% dos argentinos.

* Com informações da Ansa e AFP