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Aliado, jornal pede a Trump: "Desista, para o seu bem e o bem da Nação"

Jornal New York Post pede para que Donald Trump reconheça a vitória de Joe Biden - Reprodução/nypost.com
Jornal New York Post pede para que Donald Trump reconheça a vitória de Joe Biden Imagem: Reprodução/nypost.com

Do UOL, em São Paulo

28/12/2020 17h57

Com título "Pare a insanidade", o jornal americano "New York Post" —que declarou apoio a Donald Trump nas últimas eleições— pediu ao presidente republicano para que ele desista e passe a reconhecer a vitória do rival democrata, Joe Biden, ocorrida durante o pleito em novembro.

Em editorial, publicado na edição de hoje, "Post" diz que o presidente tinha todo o direito de investigar o resultado nas urnas, mas admite que, até agora, nada foi encontrado e que possa fundamentar a desconfiança. Para o jornal, Trump está "obcecado" e "chateado por ter perdido" as eleições, mas que continuar nessa "loucura" é ruim para ele e o próprio País.

"Infelizmente, você está obcecado com o dia seguinte, 6 de janeiro, quando o Congresso irá, em uma ação pro forma, certificar o voto do Colégio Eleitoral. Você tuítou que, desde que os republicanos tenham 'coragem', eles podem reverter os resultados e dar a você mais 4 anos no cargo. Em outras palavras, você está torcendo por um golpe não democrático", diz trecho do texto.

"Você tinha todo o direito de investigar a eleição. Mas sejamos claros: esses esforços não encontraram nada. Compreendemos, senhor presidente, que esteja zangado por ter perdido. Mas continuar nesta estrada é ruinoso. Oferecemos isso como um jornal que o endossou, que o apoiou: se você deseja consolidar sua influência, até mesmo preparar o terreno para um retorno futuro, deve canalizar sua fúria para algo mais produtivo. Pare de pensar em 6 de janeiro. Comece a pensar em 5 de janeiro", prossegue.

"Os democratas vão tentar descartá-lo como uma aberração de um mandato e, francamente, você os está ajudando a fazer isso. O Rei Lear de Mar-a-Lago, falando sobre a corrupção do mundo. Se você insistir em passar seus últimos dias no escritório ameaçando queimar tudo, será assim que será lembrado. Não como um revolucionário, mas como o anarquista segurando a partida", conclui.