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Polícia saca armas, e parlamentares se escondem após invasão no Congresso

Policiais apontam armas para impedir que manifestantes avancem no Congresso dos Estados Unidos - Drew Angerer/Getty Images
Policiais apontam armas para impedir que manifestantes avancem no Congresso dos Estados Unidos Imagem: Drew Angerer/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

06/01/2021 18h18Atualizada em 06/01/2021 21h11

A invasão de manifestantes pró-Trump ao Capitólio, como é conhecido o prédio do Congresso americano, teve momentos de tensão extrema, com a polícia tendo que sacar armas para tentar conter o protesto e parlamentares se escondendo entre as cadeiras da Câmara dos Representantes, que é equivalente à Câmara dos Deputados brasileira.

O prédio do Capitólio, que fica em Washington e abriga também o Senado americano, teve hoje a sessão que deveria certificar Joe Biden como novo presidente dos Estados Unidos. A sessão já havia sido paralisada quando os manifestantes começaram a invasão ao prédio, pouco após o presidente Donald Trump convocar protestos em um comício feito próximo à Casa Branca.

Centenas de pessoas se aglomeraram em frente ao prédio e dezenas delas conseguiram invadir a sede do Congresso. A situação mais crítica aconteceu na Câmara dos Representantes, onde os policiais empunharam armas para tentar evitar a invasão do local.

Enquanto isso, os deputados foram fotografados se escondendo entre os bancos do local. Os parlamentares foram orientados a utilizar máscaras para se protegerem do gás lacrimogêneo que as forças de segurança do Capitólio utilizaram para dispersar os manifestantes.

Tanto do lado de fora do Capitólio como dentro do prédio, os agentes também usaram por diversas vezes o spray de pimenta contra os invasores.

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Manifestante favorável a Trump é contido ao invadir o Congresso
Imagem: POOL/REUTERS

Vandalismo e sarcasmo

Mesmo com a ação da polícia, várias pessoas conseguiram adentrar o local que abriga a Câmara. Nas redes sociais, fotos e vídeos se espalharam com registros, muitas vezes sarcásticos, dos manifestantes ocupando a casa legislativa e sentando em cadeiras dos parlamentares, assim como nos seus gabinetes.

Segundo o jornal The New York Times, o gabinete da presidente da Câmara, a deputada democrata Nancy Pelosi, foi vandalizado e um bilhete foi deixado em cima da sua mesa. "Nós não vamos recuar", dizia a mensagem, em tom de ameaça.

No gabinete de Pelosi, que é adversário política do republicano Trump, mesas foram viradas e fotos arrancadas da parede.

Os manifestantes, que a todo momento entoavam falas de Trump sobre fraude eleitoral, também invadiram o Senado e deixaram vidros e portas quebradas. No início da ação dos invasores, os próprios senadores gritaram para que as portas fossem fechadas.

No porão do Capitólio, os manifestantes eram ouvidos gritando "U-S-A".

Mulher baleada

Segundo informações da rede de TV americana NBC News, ao menos uma pessoa foi baleada e várias outras ficaram feridas durante invasão. De acordo com a emissora, uma mulher que foi atingida e encontra-se em estado crítico.

A polícia não soube detalhar as circunstâncias do tiroteio, quem disparou o tiro ou a natureza dos ferimentos da pessoa.