TV: Conselheiros dizem que Trump não demonstrou remorso pela insurreição
Os conselheiros do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disseram que ele não expressou remorso pelo ataque ao Capitólio, no dia 6 de janeiro, que deixou cinco pessoas mortas. As informações são da emissora norte-americana CNN. Na ocasião, manifestantes incitados por Trump invadiram o Congresso para impedir a sessão que certificaria Joe Biden como novo presidente.
Ontem, o Senado dos Estados Unidos viveu o segundo dia do julgamento de impeachment do ex-presidente. A acusação tentou provar a tese de que Trump era "o comandante-chefe" da insurreição.
Representante das Ilhas Virgens Americanas, a democrata Stacey Plaskett disse ontem que manifestantes queriam "encontrar" e "matar" a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.
Vídeos inéditos da invasão de apoiadores de Trump ao Congresso foram exibidos durante o segundo dia de seu julgamento. São imagens câmeras do circuito de segurança e outra acoplada no corpo de um policial que tenta impedir a invasão. Uma gravação publicada pela Bloomberg TV nas redes sociais mostrou ainda o momento em que o então vice-presidente, Mike Pence, foi evacuado do Capitólio.
Pence e Trump conversaram sobre o episódio, segundo uma fonte da CNN, mas Trump não expressou remorso por colocar seu vice em uma situação de risco e a relação entre os dois segue desgastada.
Quanto ao cerco ao prédio do Congresso, um conselheiro disse que Trump queria ver uma demonstração de força de seus apoiadores naquele dia. "Trump gosta da força", disse ele. "Ele viu pessoas lutando com força por ele", acrescentou o conselheiro.
Quando questionada se Trump tem algum remorso, a fonte riu e disse que para Trump não há ofensa maior do que dizer "desculpe".
A fonte acrescentou que os democratas percebem que podem não ser capazes de condenar o ex-presidente e impedi-lo de concorrer novamente, então estão adotando a estratégia de influenciar a opinião pública a ponto de ele não poder concorrer novamente.
Etapas
Os democratas continuam a acusar Trump hoje, após exibirem imagens da invasão do Capitólio. Legisladores democratas que atuam como promotores vão argumentar pelo segundo dia consecutivo que o ataque foi deliberadamente provocado pelo ex-presidente e lembrar aos senadores - e aos americanos que acompanham o processo - a violência que tomou conta do Capitólio naquele dia.
Os advogados de defesa do ex-presidente - que apresentam seus argumentos ainda esta semana - dizem que ele não pode ser responsabilizado pessoalmente pelo ocorrido e que o julgamento é inconstitucional porque ele não está mais no cargo.
Trump - que está na Flórida após deixar a Casa Branca - não aparecerá no processo e permaneceu em silêncio.
Os democratas devem convencer 17 senadores republicanos de que Trump é culpado sob a acusação de incitação à insurreição se quiserem reunir a maioria necessária para condená-lo, algo que no momento parece improvável.
Reportagens indicaram que o ex-presidente ficou furioso na terça-feira durante a abertura do processo pelo que considerou um desempenho medíocre de seus advogados. Ao contrário do primeiro julgamento de impeachment contra Trump há um ano, que durou três semanas, espera-se que esse processo termine em questão de dias.
* Com informações da AFP
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