'Viking' da invasão ao Capitólio pede desculpas por ação e critica Trump
O extremista que ficou conhecido como o "Viking" da invasão ao Capitólio, nos EUA, ocorrida em 6 de janeiro, pediu desculpas por meio do seu advogado por ser um dos responsáveis pela insurreição à Sede do Congresso em nome de Donald Trump, e aproveitou para criticar o ex-presidente.
Jacob Chansley, de 33 anos, nascido no Estado do Arizona, está há mais de um mês preso, e usou seu advogado de defesa, Al Watkins, para comunicar uma retratação. De acordo com a agência de notícias AP, o extremista reconhece que não deveria ter entrado no prédio do Capitólio e culpou Trump pela ação.
Chansley acredita que Trump tenha influenciado muitas pessoas pacíficas a realizarem o motim, no início do ano. "[Trump] decepcionou um monte de gente pacífica", disse antes de pedir paciência e compreensão.
"Sejam pacientes comigo e com outras pessoas pacíficas que, como eu, estão tendo muita dificuldade em juntar as peças de tudo o que aconteceu conosco, ao nosso redor e por nós. Somos boas pessoas que se preocupam profundamente com nosso país", declarou, por meio do advogado.
O arrependimento aconteceu horas antes do início do segundo julgamento de Donald Trump pelo Senado estadunidense. Antes a favor do milionário, agora Chansley usará Trump como estudo para se defender das acusações.
"Se você acredita que o governo está processando corretamente o (ex) presidente, você não pode ao mesmo tempo responsabilizar criminalmente aqueles que foram incitados, porque as pessoas incitadas se tornam vítimas", alegou Watkins, que nega que seu cliente seja culpado de acusações criminais de desordem civil e obstrução de um processo oficial, além de quatro outras acusações de contravenção.
Vestindo sempre referências a povos tradicionais indígenas dos EUA - apesar da alcunha de viking -, o ativista de 33 anos, membro da organização de extrema-direita QAnon, já foi fotografado militando em outros protestos a favor de Donald Trump.
A invasão ao Capitólio
Motivados por Trump, apoiadores se reuniram no dia 6 de janeiro, nas proximidades do Capitólio, para protestar contra a certificação da vitória de Joe Biden na eleição de 2020. Depois de esgotar todas as opções para tentar reverter o resultado das eleições de novembro, Trump apelou para seus apoiadores, convencendo-os de que era possível impedir a oficialização de Biden e Kamala Harris.
A invasão aconteceu pouco depois de a sessão conjunta do Congresso ser interrompida por uma objeção, por parte de parlamentares republicanos, ao resultado do pleito no estado do Arizona, vencido por Biden.
Deputados e senadores tiveram que se esconder embaixo de suas cadeiras, e o vice-presidente Mike Pence foi retirado do prédio.
Além de policiais, atiradores de elite e outras forças de segurança foram acionados para conter os manifestantes. Cinco pessoas morreram naquele dia, segundo a polícia de Washington.
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