'Viking' do Capitólio diz que impediu roubos e fez oração durante invasão
Jacob Chansley, ativista da organização de extrema-direita Qanon e um dos personagens da Invasão ao Capitólio (EUA), ocorrida em 6 de janeiro, deu sua primeira entrevista após a prisão.
Ainda detido, o norte-americano não considera ter atacado à nação estadunidense. "Não, não foram, senhora", respondeu à jornalista Laurie Segall. "Minhas ações não foram um ataque a este país. Isso é incorreto. Isso é totalmente impreciso", disse Chansley.
O homem que se fantasiou de 'viking' durante a insurreição afirmou ainda que só queria trazer Deus ao Senado.
Preso há quase três meses, o ativista chegou a se pronunciar por meio do seu advogado em fevereiro, quando disse ter se arrependido do ataque e criticou Donald Trump. Durante a recente declaração, o membro da Qanon manteve sua lealdade ao ex-presidente, mas esperava ao menos um pedido de desculpas por parte do milionário.
Nas imagens da invasão, Chansley aparecia sem camisa, com chifres, rosto pintado com as cores da bandeira dos EUA e cantando uma espécie de hino. Neste momento ele estaria orando para invocar Deus.
"Bem, eu cantei uma música. E isso é parte do xamanismo. É sobre criar vibrações positivas em uma câmara sagrada. Também impedi as pessoas de roubar e vandalizar aquele espaço sagrado, o Senado. Certo? Na verdade, impedi alguém de roubar muffins da sala de descanso. E também fiz uma oração naquela câmara sagrada. Porque era minha intenção trazer a divindade e trazer Deus de volta ao Senado", disse.
Mesmo com acusações de crimes e de quatro contravenções, incluindo desordem civil, invasão violenta e conduta desornada ao um prédio do Capitólio, Chansley diz que seu único erro foi ter invadido o local: "E isso é - e esse é o único arrependimento muito sério que tenho", e aproveitou para reforçar seu patriotismo.
"Eu me considero um amante do meu país. Eu me considero um crente na Constituição. Eu me considero um crente na verdade e nos nossos princípios fundamentais. Eu me considero um crente em Deus", disse.
A invasão ao Capitólio
Motivados por Trump, apoiadores se reuniram no dia 6 de janeiro, nas proximidades do Capitólio, para protestar contra a certificação da vitória de Joe Biden na eleição de 2020. Depois de esgotar todas as opções para tentar reverter o resultado das eleições de novembro, Trump apelou para seus apoiadores, convencendo-os de que era possível impedir a oficialização de Biden e Kamala Harris.
A invasão aconteceu pouco depois de a sessão conjunta do Congresso ser interrompida por uma objeção, por parte de parlamentares republicanos, ao resultado do pleito no estado do Arizona, vencido por Biden.
Deputados e senadores tiveram que se esconder embaixo de suas cadeiras, e o vice-presidente Mike Pence foi retirado do prédio.
Além de policiais, atiradores de elite e outras forças de segurança foram acionados para conter os manifestantes. Cinco pessoas morreram naquele dia, segundo a polícia de Washington.
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