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Menino de 11 anos acha estátua de 2,5 mil anos durante viagem em Israel

 Zvi Ben-David, de 11 anos, encontrou uma estatueta do fim da Idade do Ferro - Reprodução/Facebook/IAA (Autoridade de Antiguidades de Israel)
Zvi Ben-David, de 11 anos, encontrou uma estatueta do fim da Idade do Ferro Imagem: Reprodução/Facebook/IAA (Autoridade de Antiguidades de Israel)

Colaboração para o UOL, em São Paulo

11/03/2021 16h03

Zvi Ben-David, de 11 anos, estava viajando com a família pelo norte do deserto de Neguebe, em Israel, quando encontrou uma pequena estátua do fim da Idade do Ferro, datada entre os séculos 4 e 5 a.C.

De acordo com publicação no Facebook da IAA (Autoridade de Antiguidades de Israel), o objeto de cerâmica possui formato de uma mulher e mede sete centímetros de altura e seis de largura. A figura feminina está com a cabeça e pescoço cobertos por um lenço e os seios à mostra com as mãos embaixo deles.

The Northern Negev brings together an 11-year-old boy and a 2,500 years old figurine — A few weeks ago, 11-year-old Zvi...

Publicado por Israel Antiquities Authority em Terça-feira, 9 de março de 2021

A guia de turismo Miriam Ben-David, mãe do pequeno Zvi, percebeu que a estátua podia ser uma descoberta antiga importante e contatou a instituição para verificar a importância do achado, segundo o site local Israel National News.

"A estatueta que Zvi descobriu é rara e existe apenas um exemplo [parecido] na coleção de Tesouros Nacionais", contaram os curadores da IAA, Oren Shmueli e Debbie Ben Ami, especialistas dos períodos persa e da Idade do Ferro.

A estátua de mulher possui sete centímetros de altura e seis de largura  -  Divulgação/Yevgeny Ostrovsky e Oren Shmueli/ Autoridade de Antiguidades de Israel -  Divulgação/Yevgeny Ostrovsky e Oren Shmueli/ Autoridade de Antiguidades de Israel
A estátua de mulher possui sete centímetros de altura e seis de largura
Imagem: Divulgação/Yevgeny Ostrovsky e Oren Shmueli/ Autoridade de Antiguidades de Israel

Ainda de acordo com os arqueólogos, essas estátuas de cerâmica eram comuns em vários períodos de Israel, incluindo o do Primeiro Templo (587 a.C até o século 4 a.C). Os objetos eram utilizados como ornamentos em casas, servindo como amuletos de proteção, sorte e prosperidade.

"Devemos ter em mente que, na Antiguidade, a compreensão médica era rudimentar. (...) Na ausência da medicina avançada, os amuletos representavam esperança e uma forma importante de pedir ajuda", explicaram os experts.

O achado foi entregue à coleção de Tesouros Nacionais da IAA e está sendo estudado a fundo. "A cidadania exemplar do jovem Zvi Ben-David nos permitirá melhorar nossa compreensão das práticas de culto nos tempos bíblicos e da necessidade inerente do homem por personificações humanas materiais", disseram Oren e Debbie.