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Vídeo polêmico de Dubai envolveu 40 modelos e levou russo à prisão

Mulheres nuas durante a gravação do vídeo que resultou em prisões, nos EAU - Reprodução/Twitter/@ivan8848
Mulheres nuas durante a gravação do vídeo que resultou em prisões, nos EAU Imagem: Reprodução/Twitter/@ivan8848

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/04/2021 09h17

A gravação de um vídeo em uma sacada de Dubai, que resultou em prisões por atentado ao pudor envolveu cerca de 40 mulheres. Ainda não há a confirmação de quem encomendou o vídeo, mas o russo que filmou o ocorrido de outra sacada e espalhou na web imagens das mulheres foi identificado e preso pelas autoridades dos Emirados Árabes Unidos.

As modelos envolvidas na gravação seriam russas, ucranianas, bielorrussas e moldavas com cerca de 20 anos. Em contato com a embaixada da Ucrânia nos EAU, o jornal Daily Mail confirmou que onze ucranianas foram presas, e divulgou uma foto tirada por parte do grupo durante um passeio em Dubai.

Grupo de ucranianas envolvidas no vídeo, durante um passeio pelos EAU - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Grupo de ucranianas envolvidas no vídeo, durante um passeio pelos EAU
Imagem: Reprodução/Instagram

Foi confirmado, também, que diplomatas da Ucrânia entrarão em contato com as autoridades dos Emirados Árabes para garantir que as mulheres detidas tenham seus direitos respeitados. Há a esperança das modelos serem perdoadas devido ao mês do Ramadã, que se inicia na próxima terça-feira (13).

A agência Life, grupo de mídia estatal russo, foi quem afirmou que 40 mulheres estavam envolvidas na gravação e relatou que nenhuma russa foi presa. No entanto, Alexey Kontsov, de 33 anos, foi identificado como a pessoa de outra sacada que assistia ao ensaio e foi o primeiro a compartilhá-lo na web.

Se por um lado as mulheres envolvidas na gravação podem ser presas e pagar 5 mil dirrans (cerca de R$ 7,6 mil) pelo atentado ao pudor, ele, por disseminar pornografia, pode ser preso e multado em 500 mil dirrans (cerca de R$ 769 mil). De acordo com o Daily Mail, o suspeito considerou o compartilhamento das imagens um "erro fatal" e já contratou advogados para pedir sua libertação.

Ainda não há a confirmação de quem encomendou o vídeo com 40 mulheres nuas. As principais suspeitas das autoridades dos Emirados Árabes, no entanto, recaem sobre um site israelense de pornografia. Um comunicado da polícia considerou a gravação do vídeo "inaceitável" e afirmou que ele "não reflete os valores e a ética da sociedade dos Emirados Árabes Unidos".