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Homens são achados após 29 dias perdidos em alto mar e brincam: 'Boa pausa'

Dupla foi encontrada em Papua Nova Guiné, a 400 km de onde haviam saído - Getty Images
Dupla foi encontrada em Papua Nova Guiné, a 400 km de onde haviam saído Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

08/10/2021 09h01Atualizada em 08/10/2021 09h01

Dois homens das Ilhas Salomão enfrentaram 29 dias perdidos no mar, após o rastreador GPS que usavam parar de funcionar. Segundo o The Guardian, eles foram encontrados em Papua Nova Guiné, a 400 km de distância do local de origem.

Livae Nanjikana e Junior Qoloni partiram da Ilha Mono, nas Ilhas Salomão, na manhã do dia 3 de setembro em um pequeno barco a motor. Eles planejavam viajar por 200 km até a cidade de Noro, na Ilha Nova Geórgia.

"Já fizemos a viagem antes e deveria estar tudo bem", disse Nanjikana. Entretanto, a região marítima onde estavam é normalmente imprevisível e violento e com apenas algumas horas de viagem, a dupla encontrou chuvas e ventos fortes, tornando a travessia mais difícil.

"Quando veio o mau tempo, estava ruim, mas ficou pior e tornou-se assustador quando o GPS 'morreu'", disse ele. "Não conseguíamos ver para onde estávamos indo, então decidimos desligar o motor e esperar, para economizar combustível."

Nanjikana e Qoloni passaram por quase um mês sobrevivendo com laranjas que haviam empacotado para a viagem, cocos coletados e água da chuva, que capturaram usando um pedaço de lona. O resgate veio apenas quando eles avistaram um pescador na costa da Nova Bretanha, em Papua Nova Guiné.

"Não sabíamos onde estávamos, mas não esperávamos estar em outro país", disse ele.

Eles chegaram à cidade de Pomio no dia 2 de outubro bastante fracos e foram levados para uma casa próxima para, nos dias seguintes, receberem atendimento médico de uma clínica local. Joe Kolealo, residente da ilha, disse à Solomon Islands Broadcasting Corporation que a dupla se encontra bem.

"Estou ansioso para voltar para casa, mas acho que foi uma boa pausa de tudo", comentou Nanjikana

Mary Walenenea, chefe de escritório do Ministério de Relações Exteriores e Comércio das Ilhas Salomão, com sede em Papua-Nova Guiné, disse que eles estão em contato com Nanjikana para garantir que sejam tomadas as providências necessárias para que os dois homens possam voltar para casa.