Erupção de vulcão espanhol gera 20 tremores de terra e está longe de acabar
A erupção do vulcão Cumbre Vieja, localizado nas Ilha Canárias, na Espanha, segue provocando alta atividade sísmica na região, com o registro de, pelo menos, 20 tremores de terra hoje, sendo o mais intenso com 3,9 graus na escala Richter. A lava nos três rios que saem da estrutura vulcânica continua fluindo lentamente.
Os 20 abalos sísmicos identificados pelo Instituto Geográfico Nacional aconteceram desde às 7h07 locais (3h07 de Brasília), sendo que 16 foram registrados no município de Fuencaliente.
O mais intenso, de 3,9 graus na escala Richter, ocorreu em Mazo e teve profundidade de 37 quilômetros.
Hoje, pela quarta vez desde o início da erupção, o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, visitou a ilha de La Palma. O chefe do Executivo apresentou as novas medidas de apoio aos afetados, em pacote de 206 milhões de euros (R$ 1,31 bilhão, aprovado pelo Conselho de Ministros).
A lava segue fluindo pelo rio que se abriu ao norte do principal que já estava formado e foi levado para perto de um parque industrial em Los Llanos. Isso obrigou que cerca de 800 pessoas fossem retiradas em La Laguna.
O último boletim do Departamento de Segurança Nacional indicou que o fluxo do magma está variando nas últimas horas, como consequência do desmoronamento do pico do vulcão, ocorrido no último sábado.
Nas últimas horas, as condições meteorológicas ajudaram na melhora da qualidade do ar, o que permitiu que fosse encerrado o confinamento decretado na segunda-feira (11), que afetava cerca de 3,5 mil pessoas.
A altura da emissão de cinzas chega a 3,5 mil metros, e elas se deslocam do oeste, girando ao oeste e sul, de acordo com o Departamento de Segurança Nacional, que também indica que o tremor vulcânico aumentou, o que pode indicar uma maior quantidade de gás no magma que sai do centro da erupção.
Longe de acabar
Os especialistas que vigiam a erupção do vulcão alertaram hoje que não parece que o fenômeno vai acabar em curto ou médio prazo.
"Agora mesmo, o nível de SO2 (dióxido de enxofre) não nos permite ver que o fim da erupção está a um curto ou médio prazo", afirmou em coletiva de imprensa María José Blanco, porta-voz do comitê científico do Plano de Emergência Vulcânica das Canárias (Pevolca).
Outros especialistas afirmaram anteriormente que a erupção do vulcão, algo não visto nesta ilha do arquipélago atlântico das Canárias em cinquenta anos, poderia durar semanas ou meses.
"A atividade do vulcão não para e não parece que nos próximos dias poderemos observar uma redução da mesma", disse o presidente do governo Pedro Sánchez, durante a visita a La Palma.
O aeroporto de La Palma, que precisou fechar duas vezes devido à nuvem de cinzas, se manteve funcionando e as previsões meteorológicas estimam que continuará operando com normalidade ao menos nos próximos quatro dias, disse Miguel Ángel Morcuende.
*Com informações da EFE e AFP
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