Japão e Austrália adotam restrições para tentar barrar nova variante
Japão e Austrália se juntaram à lista de países que adotaram medidas de restrição para tentar evitar a entrada em seus territórios da variante ômicron, recém-descoberta no sul da África e classificada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como "de preocupação".
A Austrália suspendeu voos de nove países da África e fechou suas fronteiras para qualquer estrangeiro que tenha estado na região. O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Saúde, Greg Hunt.
As restrições aplicam-se aos seguintes países: África do Sul, Namíbia, Zimbábue, Botsuana, Lesoto, Eswatini, Seychelles, Maláui e Moçambique. Os australianos que tentarem voltar para casa daquela região terão permissão para entrar no país, mas serão submetidos à quarentena obrigatória num hotel.
Qualquer pessoa que já esteja na Austrália, que tenha visitado uma das nações listadas nos últimos 14 dias, deve entrar em quarentena e fazer o teste imediatamente — são menos de cem pessoas nessas condições, segundo o governo.
Hunt disse que não há casos conhecidos da ômicron na Austrália, mas que medidas de precaução são necessárias.
Japão
O Japão também fortalecerá seus controles de fronteira para todas as chegadas —de japoneses e estrangeiros— da África do Sul e cinco outras nações africanas a partir de hoje, disse o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno.
Pessoas que estiveram recentemente em Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia, África do Sul ou Zimbábue deverão passar dez dias em quarentena numa instalação designada pelo governo após a sua chegada. Durante o período, eles deverão fazer quatro testes.
Matsuno disse em entrevista coletiva na noite de ontem que, com a possibilidade de que a nova variante seja mais infecciosa e possa representar uma ameaça à eficácia das vacinas, o Japão está tomando seu "maior nível de precauções".
Variante preocupa OMS
Segundo a OMS, a B.1.1.529 é a variante mais "significante" detectada até agora e tem alto potencial de propagação.
A variante tem uma proteína de espigão diferente daquela do coronavírus original, na qual se baseiam as vacinas contra covid-19. Isso aumenta a preocupação de que a B.1.1.529 possa "escapar" da proteção dos imunizantes.
Autoridades globais reagiram com alarme à nova variante. União Europeia, Reino Unido e Brasil anunciaram controles de fronteira mais rigorosos enquanto cientistas tentam determinar se a mutação é resistente a vacinas.
O governo da Bélgica anunciou ontem o primeiro caso na Europa da nova variante, em uma pessoa não vacinada que viajou ao exterior.
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