Brasileira é sequestrada e violentada na fronteira entre México e EUA
A brasileira Jessiane Schneider, 24, foi sequestrada e violentada por coiotes na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Ela está hospitalizada na mexicana Ciudad Juarez desde 5 de dezembro.
A família da brasileira, agora, busca angariar recursos para pagar as despesas médicas. A campanha já ultrapassou a meta de US$ 8 mil. Até a manhã de hoje, o site registrava que foram arrecadados pouco mais de US$ 10,5 mil, o equivalente a cerca de R$ 60 mil.
No texto da campanha, é descrito que "o hospital está exigindo que sua mãe venha, e as despesas vão ficar por conta de seu esposo, que está aqui há apenas 3 meses".
"Ela, como muitos, teve o sonho de chegar aqui nessa terra, mas, infelizmente, caiu em mãos erradas ao tentar atravessar pelo México", diz o texto, que relata que a brasileira "foi sequestrada e violentada de todas as formas [até] quase chegar a morte".
Jéssica foi entregue pelos sequestradores à imigração americana por não ter "mais recursos para enviar ainda mais dinheiro pros traficantes".
"Foram dias de angústia até que uma enfermeira de Juarez, no México, conseguiu encontrar a família no Brasil pelo seu sobrenome", diz o texto. "Eles achavam que a tinham matado, pois estava amordaçada e com tiras em volta do pescoço."
Nas redes sociais, a irmã da brasileira e pessoas próximas reforçaram o pedido de ajuda. O UOL ainda não recebeu um posicionamento do Itamaraty a respeito do ataque a Jessiane.
Itamaraty diz que presta assistência
Em nota enviada ao UOL na tarde de hoje (30), o Itamaraty disse ter conhecimento do caso e que "vem prestando assistência à nacional e à sua família, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local."
O MRE (Ministério das Relações Exteriores) também informou que "em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros."
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