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Biden diz que 'cidadãos norte-americanos' devem sair já da Ucrânia

22.nov.2021 - O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa em Washington, DC - Alex Wong/Getty Images/AFP
22.nov.2021 - O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa em Washington, DC Imagem: Alex Wong/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

10/02/2022 21h59

O presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, alertou que os cidadãos norte-americanos devem evacuar o mais cedo possível da Ucrânia, devido à crescente tensão com a Rússia.

"Cidadãos norte-americanos devem sair já. Não é como se estivéssemos lidando com uma organização terrorista. Estamos lidando com um dos maiores exércitos do mundo. É uma situação diferente e as coisas podem enlouquecer rapidamente", disse hoje em entrevista à NBC News.

Biden, no entanto, descartou a possibilidade de enviar soldados para remover os norte-americanos da Ucrânia. "É uma guerra mundial quando Estados Unidos e Rússia começam a atirar um no outro", afirmou.

O presidente norte-americano também disse que conversou com Vladimir Putin, líder da Rússia, e que "se ele for tolo o suficiente para invadir, ele é esperto o suficiente para não fazer nada de fato contra os cidadãos dos Estados Unidos".

De acordo com dados da inteligência e forças armadas do país conduzido por Biden, há a possibilidade de que a Rússia lance uma invasão capaz de chegar até a capital ucraniana Kiev em 48 horas.

Hoje, o Departamento de Estado norte-americano emitiu um alerta de que o país "não será capaz de evacuar cidadãos norte-americanos em uma eventual ação da força militar russa na Ucrânia" e que as pessoas tentando deixar a região seriam "severamente impactadas".

Rússia continua enviando militares às fronteiras com a Ucrânia

Os Estados Unidos disseram ontem que a Rússia continua enviando militares às regiões de fronteira com a Ucrânia em meio aos esforços da comunidade internacional para aliviar a tensão entre os dois países. O comunicado foi feito em entrevista coletiva pelo porta-voz das Forças Armadas dos EUA, John Kirby.

"Continuamos a ver, mesmo nas últimas 24 horas, capacidades adicionais vindo de outros lugares da Rússia para a fronteira com a Ucrânia e a Bielorrússia", afirmou Kirby.

Apesar de a Rússia negar que tenha uma guerra como objetivo, os exércitos russo e bielorrusso iniciaram hoje um exercício de 10 dias em Belarus. Os exercícios Rússia-Belarus "acontecem com o objetivo de preparar o país para deter e repelir uma agressão externa como parte de uma operação defensiva", afirmou o ministério da Defesa russo em um comunicado.

Em resposta, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou de "pressão psicológica" a concentração de soldados russos nas fronteiras de seu país. "Consideramos que o acúmulo de soldados perto de nossas fronteiras é um meio de pressão psicológica da parte de nossos vizinhos", afirmou Zelensky em um comunicado divulgado pela presidência.