Japão promete gás natural para a Europa se a Rússia invadir a Ucrânia
O Japão irá fornecer GNL (gás natural liquefeito) para a Europa se uma possível invasão da Rússia à Ucrânia causar escassez do produto no continente.
O compromisso foi selado pelo ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Haiasahi, em reunião no sábado (12) com representantes dos governos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul. A Rússia fornece cerca de 40% do gás da UE (União Europeia).
Na terça-feira (8), o governo japonês também falou sobre a oferta diplomática do insumo para a Europa.
"Comunicamos aos Estados Unidos e à União Europeia que esta cooperação deve ser realizada apenas na medida em que não afete o fornecimento de eletricidade e gás do Japão", afirmou Koichi Hagiuda, ministro do Comércio japonês.
Nord Stream 2
Em meio às discussões sobre o fornecimento de gás natural, a Europa vive tensões geopolíticas e econômicas por causa do Nord Stream 2, gasoduto que liga a Rússia à Alemanha. O projeto foi finalizado em novembro de 2021, mas ainda não foi inaugurado.
O Nord Stream 2 conectará a Rússia à Alemanha através de um gasoduto de 1,2 mil km no Mar Báltico, com capacidade de 55 milhões de metros cúbicos de gás por ano —seguindo a mesma rota do irmão gêmeo, Nord Stream 1, ativo desde 2012. Contornando a Ucrânia, a rota aumentará as possibilidades de fornecimento de gás russo para a Europa, enquanto a produção na União Europeia diminui.
As discordâncias sobre o gasoduto envolvem, além de países europeus, os Estados Unidos. Os norte-americanos acreditam que o projeto enfraqueceria economicamente a Ucrânia, que se tornaria mais dependente do gás russo.
Na segunda-feira (7), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu "acabar" com o Nord Stream se a Rússia invadir a Ucrânia.
"Se a Rússia invadir, isso significa tanques ou tropas cruzando a fronteira para a Ucrânia novamente, não haverá mais Nord Stream 2", declarou.
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