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Presidente da Ucrânia e Biden conversam hoje sobre crise

8.fev.2022 - O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky - Thibault Camus/Pool/AFP
8.fev.2022 - O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky Imagem: Thibault Camus/Pool/AFP

Do UOL, em São Paulo*

13/02/2022 12h25Atualizada em 13/02/2022 12h38

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, conversará por telefone "nas próximas horas" com seu homólogo americano, Joe Biden, sobre a crise entre a Rússia e os países ocidentais pela situação na Ucrânia, anunciou seu gabinete hoje.

"Nas próximas horas, o presidente Volodymyr Zelensky, falará sobre a situação de segurança e sobre os atuais esforços diplomáticos voltados pra uma desescalada, com o presidente americano, Joe Biden", disse o secretário de imprensa do presidente ucraniano, Sergiy Nikiforov, no Facebook.

Depois do frenesi de telefonemas entre líderes ocidentais e Moscou, ontem, os esforços diplomáticos não conseguiram apaziguar as tensões em torno da crise da Ucrânia.

Biden e Vladimir Putin, presidente russo, conversaram ontem por telefone sobre a situação. Biden advertiu Putin sobre "custos severos" que a Rússia enfrentaria se invadisse a Ucrânia.

Putin, por sua vez, disse que a suspeita de um ataque contra a Ucrânia era uma "especulação provocativa".

O líder russo também conversou com o presidente francês, Emmanuel Macron, que lhe advertiu que "um diálogo sincero não é compatível com uma escalada militar" na Ucrânia, informou a Presidência francesa.

Na sexta-feira, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca disse que a ofensiva é uma "possibilidade muito, muito real". As autoridades americanas não descartam que a Rússia tome essa decisão mesmo durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que terminam em 20 de fevereiro.

Zelensky disse ontem que os comentários dos EUA eram muito alarmistas, embora reconhecesse o risco de uma invasão.

A crise surgiu depois da mobilização de mais de 100 mil militares russos para a fronteira com a Ucrânia há várias semanas.

Moscou tem negado reiteradamente que queira atacar a antiga república soviética, mas exige certas garantias na questão da segurança, entre elas que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não admita entre seus membros a Ucrânia, um ponto inegociável para o Ocidente.

* Com AFP