Viúva descobre hobby secreto e peças de até 1860 escondidas pelo marido
Uma viúva inglesa mostrou que não conhecia totalmente seu marido ao descobrir, após a morte dele, que havia um esconderijo secreto no sótão onde colecionava animais taxidermizados antigos, incluindo peças dos anos 1800, bens que ele guardou por anos sem nunca ter dado pistas disso.
Residente de Worcester, Julie Gittoes, 62, sempre soube que seu marido, Kevin, tinha interesse em taxidermia, tanto que, até então, eram poucas as peças que ele possuía e que eram de conhecimento da esposa. No entanto, Julie nunca percebeu a extensão de sua obsessão até depois que ele morreu em agosto, em decorrência de um câncer, aos 69 anos.
Depois da partida de Kevin, a viúva contratou profissionais para limpar o sótão e assim que entraram no local, descobriram dezenas de animais "petrificados".
"Estou surpreso que Kevin tenha conseguido retirá-los sem que eu soubesse", disse Julie Gittoes à agência de notícias SWNS sobre os achados que, segundo ela, os leiloeiros descreveram como "uma das coleções particulares mais incomuns".
"Nunca tive permissão para entrar no sótão, mas, depois que perdi Kevin, precisei fazer uma reforma lá. Quando a equipe entrou no local, o operário me disse: 'Você sabia que há muitas caixas lá em cima?' Encontrei 12 peças de taxidermia das quais não fazia ideia de sua existência'", explicou.
E isso foi apenas a ponta do iceberg. Outra inspeção foi feita na garagem da propriedade - outro lugar que Kevin passava longas horas - revelou mais 150 peças, que foram empilhadas uma atrás da outra em prateleiras fundas, de acordo com a viúva cada vez mais surpresa. "Eu sabia que ele tinha mais taxidermia lá, mas nunca passou pela cabeça que se tratava de uma quantidade absurda", declarou Julie.
No total, ela encontrou um tesouro de animais taxidermizados, incluindo uma cabeça de leão da década de 1920, congro, lontra, coruja de orelhas compridas, texugo, raposa, zebra, uma espécie rara de antílope e outros bichos de pelúcia direto de um Museu de História Natural.
Entre as peças centrais da coleção do entusiasta de bichos de pelúcia havia um cachorrinho, um par de esquilos vermelhos e um pica-pau verde que remontam à década de 1860.
Kevin, que trabalhou como engenheiro, acumulou secretamente o estoque ao longo de 30 anos enquanto estava casado com Julie. Seu passatempo ganhou impulso depois que ele se aposentou e conseguiu um emprego de meio período em uma casa de leilões, de onde conseguiu grande parte de seus bichos de pelúcia.
Não está claro o motivo para ter Kevin mantido seus objetos favoritos em segredo, embora Julie suspeite que seu marido se sentia envergonhado com seu hobby oculto.
"Acho que ele se sentiu um pouco culpado por comprar tantas peças, então não me contou", explicou a viúva, que mais tarde soube que seu filho James havia ajudado o pai a carregá-las até o sótão.
No entanto, Julie sentiu como se seu falecido marido não tivesse nada a esconder dela. "Eu sei que algumas pessoas acham que a taxidermia é um pouco estranha, mas Kevin ficou fascinado com isso", disse. "Eu costumava me sentir um pouco envergonhada quando as pessoas entravam no corredor e torciam o nariz para os animais conservados que eram exibidos, mas a maioria delas ficava fascinada com a coleção, até mesmo os médicos que vinham cuidar de Kevin quando ele estava doente".
Julie decidiu leiloar as peças taxidermizadas, pois deseja compartilhar com outras pessoas algo que era realmente importante para o marido. Sua expectativa de arrecadação com a venda dos itens é de US$ 13 mil, que posteriormente serão doados para uma organização local dedicada ao tratamento do câncer.
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