Biden impõe sanções econômicas contra separatistas da Ucrânia
Em reação à decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer regiões separatistas localizadas no leste da Ucrânia, o presidente norte-americano, Joe Biden, impôs uma série de sanções econômicas, que afetam cidadãos dos Estados Unidos para ou nas regiões das chamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk.
Assim, pela Ordem Executiva, norte-americanos estão proibidos de fazer qualquer aprovação, financiamento ou facilitação de transações para uma pessoa estrangeira em Donetsk e Lugansk.
Além disso, estão banidos novos investimentos nas duas regiões separatistas reconhecidas hoje por Putin; e ficam proibidas importação, exportação, reexportação, venda ou fornecimento, de forma direta ou indireta, de quaisquer bens, serviços ou tecnologia de Donetsk e Lugansk para os Estados Unidos.
Segundo Biden, as medidas foram tomadas porque o reconhecimento das regiões "contradizem os compromissos assumidos pela Rússia nos acordos de Minsk e ameaça ainda mais a paz, a estabilidade, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, constituindo assim uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos".
Entrada barrada nos EUA
No documento emitido pela Casa Branca hoje, o presidente norte-americano argumentou que "a entrada sem restrições de imigrantes e não imigrantes nos Estados Unidos" seria prejudicial ao país.
A entrada de pessoas das "regiões cobertas", como se refere a Ordem aos cidadãos das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, aos Estados Unidos está suspensa. A exceção é quando "o Secretário de Estado ou o Secretário de Segurança Nacional, conforme apropriado, determinar que a entrada da pessoa não seria contrária aos interesses dos Estados Unidos".
Biden sancionou também que propriedades em seu país estão "bloqueadas e não podem ser transferidas, pagas, exportadas, retiradas ou de outra forma tratadas".
Outra ordem expedida foi de que está "proibida formar conspiração para violar qualquer uma das proibições estabelecidas nesta ordem".
Putin reconhece independência de separatistas
O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu hoje a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia. A decisão, porém, não prevê anexá-las e adicioná-las formalmente a seu próprio território.
Após um longo pronunciamento, Putin assinou decretos reconhecendo a República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk, e determinando "acordos de amizade e ajuda mútua". A cerimônia foi transmitida pela televisão estatal.
O presidente russo também pediu à Ucrânia que cesse imediatamente as "operações militares" contra os separatistas pró-Rússia. Caso contrário, o país será responsabilizado "por mais derramamento de sangue".
"Quanto àqueles que tomaram o poder em Kiev e o mantém, exigimos que cessem imediatamente as operações militares, caso contrário, toda a responsabilidade por mais derramamento de sangue recairá sobre a consciência do regime em território ucraniano", disse ele ao final do discurso.
A decisão agrava a crise entre Rússia e Ucrânia. Também põe fim ao instável processo de paz mediado pela França e a Alemanha, que previa a devolução dos territórios ao controle de Kiev em troca de ampla autonomia.
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