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EUA alertam ONU de plano russo de assassinatos na Ucrânia
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O governo dos Estados Unidos entregou uma carta à cúpula das Nações Unidas alertando sobre um suposto plano de Moscou para assassinar dissidentes e ativistas na Ucrânia, uma vez que a invasão ocorra.
A carta, revelada pelo Washington Post e obtida pelo UOL, foi direcionada para a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet. A Casa Branca irá pressionar para que o debate seja incluído na agenda do Conselho de Direitos Humanos, que abre sua sessão no dia 28.
Nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, cancelou uma viagem que tinha para a África e optou por retornar à sede das Nações Unidas em Nova Iorque, temendo um conflito.
Enquanto isso, as agências da ONU se preparam para um evento de impacto humanitário e um importante fluxo de refugiados, caso o conflito ecloda.
Segundo o governo americano, uma invasão criaria "uma catástrofe de direitos humanos" e informações indicariam para prisões arbitrárias, sequestros e desaparecimentos forçados.
De acordo com a carta, os americanos teriam informações de que o Kremlin elaborou listas de pessoas na Ucrânia quer seriam "mortas ou enviadas a campos após uma ocupação militar".
Os alvos incluiriam dissidentes russos e bielorrussos que, nos últimos anos, buscaram exílio na Ucrânia. A lista ainda contaria com jornalistas, ativistas que denunciaram corrupção, minorias étnicas e líderes do movimento LGBTQIA+.
"Temos informações confiáveis que indicam que as forças russas estão criando listas de ucranianos identificados para serem mortos ou enviados a campos após uma ocupação militar", alertou a carta, que não explica quais são as fontes dessa inteligência.
Em caso de protestos, os americanos apontam que "medidas letais" seriam usadas pelos russos, inclusive contra as populações civis.
Chamando as informações de "perturbadoras", a carta revela que "violações e abusos dos direitos humanos após uma nova invasão estão sendo planejados".
O documento, assinado por Bathsheba Crocker, embaixador dos EUA nas Nações Unidas, aumenta a tensão internacional e a guerra de acusações entre ambos os lados. Moscou já alertou que o Ocidente estaria "histérico" e que não existiria motivo para uma invasão.
Mas, na carta, o governo americano alerta Bachelet de que o plano da invasão incluiria o desaparecimento de pessoas e tortura.
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