ONU defende uso da diplomacia para solução pacífica no leste da Ucrânia

A ONU informou hoje que, alinhada à sua assembleia geral, apoia "a independência, soberania, e integridade territorial da Ucrânia em suas fronteiras reconhecidas internacionalmente". Segundo a nota, lida pelo porta-voz da organização, o reconhecimento da Rússia à independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia viola a integridade territorial do país e "vai contra os princípios da Carta das Nações Unidas".

Em um pronunciamento, o porta-voz da ONU destacou que o secretário-geral, António Guterres, vai priorizar a diplomacia para lidar com as questões referentes à Ucrânia "de forma pacífica". A organização também ressaltou a necessidade de garantir a segurança dos civis, prevenindo ações "que possam escalar a situação perigosa" no país.

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Hoje, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia, a República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk. A cerimônia foi transmitida pela televisão estatal.

A decisão, porém, não prevê anexá-las e adicioná-las formalmente a seu próprio território, mas determina "acordos de amizade e ajuda mútua". Durante o seu discurso, Putin pediu aos parlamentares que ratifiquem o documento.

O presidente russo também solicitou à Ucrânia que cesse imediatamente as "operações militares" contra os separatistas pró-Rússia. Caso contrário, o país será responsabilizado "por mais derramamento de sangue".

"Quanto àqueles que tomaram o poder em Kiev e o mantém, exigimos que cessem imediatamente as operações militares, caso contrário, toda a responsabilidade por mais derramamento de sangue recairá sobre a consciência do regime em território ucraniano", disse ele ao final do discurso.