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Rússia considera reconhecer, e não anexar, regiões separatistas da Ucrânia

7.fev.2022 -  O presidente russo, Vladimir Putin, durante uma coletiva de imprensa após se encontrar com o presidente francês em Moscou - Thibault Camus/Pool/AFP
7.fev.2022 - O presidente russo, Vladimir Putin, durante uma coletiva de imprensa após se encontrar com o presidente francês em Moscou Imagem: Thibault Camus/Pool/AFP

Do UOL, em São Paulo*

21/02/2022 13h13Atualizada em 21/02/2022 14h08

O presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que a Rússia está considerando reconhecer a independência de duas regiões ucranianas separatistas, mas não anexá-las e adicioná-las formalmente a seu próprio território.

Putin fez os comentários durante uma longa reunião do Conselho de Segurança da Rússia, durante a qual todos os participantes afirmaram apoiar o reconhecimento da independência das autoproclamadas República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk, no leste da Ucrânia.

Os líderes dos dois territórios pediram hoje ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que reconheça a independência das duas áreas e ative uma "cooperação em matéria de defesa".

Na semana passada, a medida foi aprovada pela Duma (Câmara Baixa da Assembleia Federal da Rússia), mas um porta-voz do Kremlin afirmou que ela violaria os acordos de Minsk de 2014 e 2015, que visavam encerrar conflitos entre forças do governo ucraniano e rebeldes.

"Ouvi suas opiniões. A decisão será tomada hoje", disse Vladimir Putin ao final da reunião.

Se o Kremlin reconhecer a independência das regiões de Donetsk e Lugansk, a medida poderá abrir caminho para que Moscou envie abertamente forças militares para ambas as regiões, usando o argumento de que está intervindo como um aliado para protegê-los contra a Ucrânia.

O Ocidente acredita que a Rússia instigou o conflito no leste da Ucrânia e patrocina os separatistas, já que a guerra eclodiu logo após a anexação da península da Crimeia por parte da Rússia, em 2014.

*Com informações da Reuters e AFP