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Diplomatas dos EUA na Ucrânia passam a noite na Polônia, diz Blinken

Diplomatas dos Estados Unidos em Lviv, cidade no oeste da Ucrânia, passaram a noite na Polônia por "questões de segurança", informou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. - John Macdougall/AFP
Diplomatas dos Estados Unidos em Lviv, cidade no oeste da Ucrânia, passaram a noite na Polônia por "questões de segurança", informou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken. Imagem: John Macdougall/AFP

Do UOL, em São Paulo

22/02/2022 07h00Atualizada em 22/02/2022 07h32

Diplomatas dos Estados Unidos em Lviv, cidade no oeste da Ucrânia, passaram a noite na Polônia por "questões de segurança" após a Rússia reconhecer a independência de duas cidades separatistas do leste da Ucrânia e ordenar o envio de tropas. A informação foi confirmada na noite de ontem pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.

Os Estados Unidos não informaram a cidade para onde os funcionários foram levados. Na semana passada, os diplomatas foram transferidos da capital Kiev para a cidade de Lviv como uma medida "prudente" para garantir a segurança.

Segundo nota divulgada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, os diplomatas continuarão a atuar na Ucrânia. "Eles retornarão regularmente para continuar seu trabalho diplomático na Ucrânia e fornecer serviços consulares de emergência".

Blinken reforçou a recomendação para que cidadãos norte-americanos deixem a Ucrânia imediatamente. "A situação de segurança na Ucrânia continua imprevisível e pode se deteriorar sem aviso prévio. As tropas russas continuaram a se aproximar da fronteira no que parece ser planos para uma invasão a qualquer momento".

O secretário ressaltou que qualquer operação militar russa pode restringir "severamente viagens aéreas comerciais".

  • Veja as últimas informações sobre a crise entre Rússia e Ucrânia, análises de Josias de Souza e Jamil Chade e mais notícias no UOL News com Fabíola Cidral:

Compromisso dos EUA com a Ucrânia é 'inabalável'

Apesar da transferência dos funcionários, Blinken afirmou que "o compromisso dos Estados Unidos com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia diante da agressão da Rússia é inabalável".

"O fato de estarmos tomando precauções prudentes para o bem da segurança do pessoal do governo dos EUA e dos cidadãos dos EUA, como fazemos regularmente em todo o mundo, de forma alguma prejudica nosso apoio ou nosso compromisso com a Ucrânia. Nosso compromisso com a Ucrânia transcende qualquer local", disse o secretário.

Putin enviou militares a regiões separatistas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou ontem o envio de militares às regiões de Donetski e Luhansk para "manter a paza" nesses locais. A decisão foi tomada por meio de decreto após o presidente reconhecer a independência dos dois territórios.

Em um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, Putin também disse que a Ucrânia nunca foi um estado verdadeiro, o que colocou toda a comunidade internacional em estado de alerta para uma invasão. O presidente da França, Emmanuel Macron, convocou uma reunião de emergência com seu gabinete.