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Embaixada dos EUA ironiza Rússia com imagens antigas de Kiev e Moscou

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Joe Biden - Angela Weiss e Alexey Druzhinin/AFP
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Joe Biden Imagem: Angela Weiss e Alexey Druzhinin/AFP

Colaboração para o UOL, em Maceió

22/02/2022 16h47

Um dia após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmar que a Ucrânia "nunca" teve tradição suficiente para ser considerada uma "nação de verdade", a embaixada dos Estados Unidos em Kiev ironizou Moscou ao publicar uma imagem comparativa entre a capital russa e a capital ucraniana em diferentes períodos da história.

Na foto, compartilhada no Twitter, Kiev aparece acima nos anos 996, 1011, 1070 e 1108 já habitada e com grandes obras arquitetônicas - a exemplo da Catedral de Sofia e o Monastério de Vydubychi -, enquanto Moscou, nos mesmos períodos, exibe apenas uma floresta deserta, sugerindo que a capital russa não apresentava evolução urbana.

Ontem, quando reconheceu a independência e a soberania da República Popular de Donetsk e da República Popular de Luhansk, Putin afirmou que a Ucrânia não se tornou um país independente por méritos próprios, mas, sim, graças ao desmembramento da União Soviética no século passado, e afirmou que a "Ucrânia moderna foi inteiramente criada pela Rússia, mais precisamente pelos bolcheviques", após a revolução de 1917.

"É importante entender que a Ucrânia nunca teve uma tradição consistente de ser uma nação de verdade. Começaram a copiar modelos estrangeiros que não faziam parte de sua cultura", disse o líder russo, que ressaltou o fato de o país do leste europeu ser uma "marionete dos EUA".

Após o discurso de Putin, alguns países da Europa se manifestaram em repúdio ao reconhecimento das regiões separatistas, e afirmaram que sancionarão Moscou. Os Estados Unidos anunciaram hoje um pacote de medidas contra a Rússia.

Em meio à tensão e ao risco de um conflito belicoso, a Rússia mudou a postura e agora diz que vai esperar para enviar suas tropas ao território ucraniano, ação ratificada pelo Parlamento, mas ressaltou que o acordo de paz sobre a Ucrânia não existe mais e que não há nada em seu lugar, o que seria uma culpa de Kiev, e não de Moscou.

O país também anunciou que removerá seu corpo diplomático de Kiev por medo de ameaças a diplomatas e trabalhadores de consulados.