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Plataforma avisa para que voos parem de sobrevoar espaço aéreo ucraniano

Do UOL, em São Paulo*

23/02/2022 07h49Atualizada em 23/02/2022 22h52

O Safe Airspace, plataforma criada para monitorar a segurança e zonas de conflito para as companhias aéreas, disse que aumentou seu nível de risco para "não voar". Assim, os voos devem parar sobre qualquer parte da Ucrânia por causa do risco de um abate não intencional ou um ataque cibernético contra o controle de tráfego aéreo.

"Independentemente dos movimentos reais das forças russas na Ucrânia, o nível de tensão e incerteza na Ucrânia agora é extremo", disse Safe Airspace em seu site: "Isso por si só dá origem a um risco significativo para a aviação civil".

A Rússia, inclusive, fechou parcialmente o espaço aéreo na sua fronteira com a Ucrânia. De acordo com um comunicado aos aviadores e missões aéreas, o objetivo era "fornecer segurança". A notificação traz as rotas específicas e altitudes a serem evitadas.

Moscou rebate EUA e promete resposta 'dolorosa' a sanções

O Ministério russo das Relações Exteriores prometeu, hoje, uma resposta "forte" e "dolorosa" às sanções anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ontem, após Putin reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia.

"Que não haja qualquer dúvida: haverá uma resposta forte a essas sanções, não necessariamente simétricas, mas bem calculadas e dolorosas para os Estados Unidos", disse Moscou, em um comunicado.

Apesar do cenário adverso e das possibilidades de resolução pacífica cada vez menores, Biden ressaltou que "ainda é possível evitar o pior", ao mesmo tempo que denunciou o início da invasão.

A "primeira série" de sanções dos Estados Unidos pretende impedir que Moscou obtenha fundos ocidentais para pagar sua dívida soberana. União Europeia, Japão, Austrália, Canadá e Reino Unido também divulgaram sanções.

As medidas punitivas da UE são direcionadas principalmente contra bancos russos e alguns deputados. No momento, as sanções são cautelosas e menores que as anunciadas em caso de invasão.

Putin diz que não vai ceder

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse hoje que não vai ceder em suas exigências na crise em que enfrenta com vários países ocidentais, em meio aos temores da comunidade internacional sobre uma invasão da Ucrânia.

"Os interesses e a segurança de nossos cidadãos não são negociáveis para nós", declarou Putin, em um breve discurso exibido na televisão por ocasião do Dia do Defensor da Pátria.

"Nosso país está sempre aberto a um diálogo direto e honesto para encontrar soluções diplomáticas aos problemas mais complexos", afirmou o presidente russo, que, no entanto, considera que seus interlocutores se mostram inflexíveis e deixam seus pedidos "sem resposta".

Hoje, o ministério ucraniano das Relações Exteriores pediu a seus cidadãos que deixem a Rússia rapidamente, porque uma possível invasão poderia reduzir a assistência consular.

"O ministério recomenda aos cidadãos ucranianos que não viajem para a Rússia e aos que já estão na Rússia que saiam imediatamente do território", afirma um comunicado. Ao mesmo tempo, as Forças Armadas ucranianas anunciaram um plano de mobilização de reservistas. A mobilização envolve os reservistas de 18 a 60 anos por um prazo máximo de um ano, afirmou o exército ucraniano.

A Rússia, que enviou 150.000 soldados à fronteira com a Ucrânia, exige que o país vizinho nunca seja admitido como integrante da Otan e também uma "desmilitarização" de Kiev, assim como concessões territoriais aos separatistas pró-Rússia. As exigências foram rejeitadas pelos países ocidentais.

*Com informações da Reuters e AFP