Ucrânia declara estado de emergência; Rússia aprovou ofensiva, diz Zelensky
A Ucrânia recomendou hoje que seus cidadãos deixem a Rússia imediatamente, citando o risco de uma invasão após o presidente Vladimir Putin reconhecer a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia e assinar acordos com os rebeldes, abrindo as portas para a presença militar na Ucrânia.
Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores diz que "a escalada de agressão russa contra a Ucrânia pode complicar a assistência consular". O texto pede que cidadãos evitem viagens à Rússia.
O país também declarou estado de emergência por 30 dias. O governo também anunciou que haverá serviço militar obrigatório para todos os homens em idade de combate. Mais tarde, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, afirmou que a Rússia aprovou uma ofensiva contra o país.
A Otan afirmou que a Rússia planeja um ataque de grande escala na região: "Tudo sugere que a Rússia está planejando um ataque maciço na Ucrânia" depois de enviar tropas aos territórios separatistas pró-Rússia, disse o secretário-geral do órgão, Jens Stoltenberg após uma reunião extraordinária na sede da Aliança em Bruxelas.
Putin diz que a entrada do Exército na Ucrânia "dependerá da situação no terreno". Ele disse ainda que a "melhor solução" para acabar com a crise seria Kiev desistir de seu desejo de se juntar à Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), mas que acordos de paz "já não existem".
A Rússia anunciou que removerá seu corpo diplomático da Ucrânia por medo de ameaças a diplomatas e trabalhadores de consulados.
Veja as últimas notícias e análises sobre a crise da Ucrânia no UOL News:
Líder separatista defende retirada de forças ucranianas de Donbas
O líder separatista da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, sugeriu que a melhor opção para solucionar a situação atual seria a retirada das forças militares ucranianas da região de Donbas. A afirmação foi feita a um canal russo "Soloviev Live", no YouTube, conforme mostrou a CNN Internacional.
Ele questionou o que deveria ser feito com "o acúmulo de equipamento militar, pessoal, e armas" que fazem parte da força militar ucraniana. armada da Ucrânia, e concluiu: "a melhor opção para eles é deixarem o território voluntariamente, e levarem suas armas".
Além disso, o líder separatista responsabilizou o governo ucraniano pelo fracasso dos acordos de Minsk. Segundo ele, a Ucrânia "se recusou" a finalizar o conflito "de uma maneira diferente".
"Agora não há acordos de Minsk, as repúblicas de Donetsk e Luhansk são reconhecidas."
Putin quer 'destruir a Ucrânia', diz ministro ucraniano
Ontem, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, afirmou que o objetivo final de Putin é "destruir a Ucrânia". Em mensagem nas redes sociais, ele pediu que os países parceiros imponham mais sanções contra a Rússia.
"Os primeiros passos decisivos foram dados ontem, e estamos gratos por eles. Agora a pressão precisa aumentar para parar Putin", escreveu Dmytro Kuleba.
Os Estados Unidos anunciaram ontem um pacote de sanções contra a Rússia que incluem o bloqueio de instituições financeiras militares, proíbem negociações com a dívida soberana russa e impõe limites à elite da Rússia e seus familiares. Reino Unido e França também impuseram sanções após o avanço da Rússia no leste da Ucrânia.
* Com informações da AFP
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