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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Europa vive suas horas mais sombrias desde a 2ª Guerra, diz diplomata da UE

Do UOL, em São Paulo

24/02/2022 08h28Atualizada em 24/02/2022 13h57

O chefe da política externa da UE (União Europeia), Josep Borrell, afirmou hoje que a Europa vive suas "horas mais sombrias" após a Rússia iniciar, durante a madrugada, uma operação militar de invasão à Ucrânia.

Após o início das mobilizações russas, houve registro de explosões e ataques a unidades de fronteiras ucranianas, além de mobilizações de tanques. As ofensivas da Rússia fizeram as sirenes de emergência dispararem na Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky adotar lei marcial no país.

"Estas são as horas mais sombrias para a Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial", disse Borrell, a repórteres. O alto representante da UE prometeu "assistência urgente à Ucrânia", além de apoiar os esforços de evacuação, inclusive de funcionários do bloco europeu.

Com o início dos ataques russos, a população ucraniana começou a deixar suas casas para tentar fugir. A saída repentina fez os principais corredores para deixar a capital Kiev ficarem congestionados e alguns postos de gasolina já não têm mais combustíveis para vender. Aqueles que não quiseram pegar a estrada estão se dirigindo para estações de metrô que funcionam como bunkers contra bombardeios.

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Em um comunicado divulgado hoje, o exército russo anunciou que os separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia estão conquistando avanços territoriais contra o exército ucraniano.

O general Igor Konashenkov, porta-voz do ministério da Defesa da Rússia, afirmou que os rebeldes avançaram três quilômetros na região de Donetsk e um quilômetro e meio em Lugansk. O militar informou que os separatistas estão lutando e enfrentando o inimigo nesta área de Donbass.

Konashenkov assegurou que o exército russo não está atacando cidades ucranianas e está atingindo apenas "infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e de aviação" com armas de "alta precisão". "A população civil não tem nada a temer", declarou. A Ucrânia reportou a morte de cerca de 40 soldados de suas fileiras e uma dúzia de civis.