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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia não deve avançar em áreas para além da Ucrânia, diz especialista

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

25/02/2022 18h58Atualizada em 25/02/2022 19h25

Larlecianne Piccolli, doutora em Estudos Estratégicos Internacionais, afirmou hoje, em entrevista ao UOL News, que a Rússia não deve avançar para além do território da Ucrânia, após invadir o país vizinho durante a madrugada de ontem (horário de Brasília).

"Se haverá uma expansão desse conflito para outros países? Pela atual condução do conflito, é que não, ele ficará restrito ao território ucraniano", declarou a especialista.

Piccolli explicou que as declarações do Kremlin apontam que um dos seus principais objetivos seria tomar a capital ucraniana, Kiev, com o objetivo político "claro" de sair da capital com um acordo para colocar limites à expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e desmilitarizar a Ucrânia.

Segundo a pesquisadora, todas as ações de Moscou são "bem calculadas" e o presidente russo, Vladimir Putin, pode ser classificado como um "estrategista", portanto, "ele não daria um passo em que ele não tivesse a capacidade de sustentar".

Apesar da fala da pesquisadora, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, sinalizou hoje eventual retaliação contra Finlândia e Suécia se eles passarem a integrar a Otan. O grupo militar internacional está no centro dos conflitos entre Ucrânia e o governo russo.

Para Piccolli, se a Rússia invadir outros países, as forças de segurança da Otan podem se envolver diretamente no conflito contra os russos.

"Eu acho que esse é um cenário que nenhum de nós queremos ver nos dias de hoje. Até mesmo, nós temos que lembrar que estamos tratando das maiores detentoras de armamento nuclear do mundo: os Estados Unidos e a Rússia", concluiu.

Ucrânia aceitou proposta para negociar cessar-fogo

Um porta-voz do presidente Volodimir Zelensky disse hoje que a Ucrânia aceitou a proposta do presidente russo, Vladimir Putin, para abrir as negociações de um cessar-fogo. Os dois países agora discutem local e o horário do encontro, segundo o funcionário.

Tenho que refutar as alegações de que nos recusamos a negociar. A Ucrânia estava e está pronta para falar sobre cessar-fogo e paz - essa é nossa posição constante. Respondemos de acordo com a proposta do presidente da Rússia [Vladimir Putin]. Sergei Nikiforov, porta-voz da Ucrânia, em sua conta no Facebook

"Quanto mais cedo as negociações começarem, mais chances haverá de restaurar a vida normal", acrescentou Nikiforov.

Veja as últimas informações sobre ataque russo à Ucrânia e mais no UOL News com Diego Sarza:

*Com Reuters e Weudson Ribeiro, colaboração para o UOL, em Brasília