Zelensky diz que forças da Ucrânia ainda controlam Kiev: 'Vamos vencer'
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse hoje que as forças de segurança do país ainda controlam a capital Kiev, que voltou a ser alvo de ataques da Rússia. Segundo Zelensky, os militares ucranianos estão resistindo às ofensivas russas "com sucesso" e "vão vencer" a guerra contra os mais de 100 mil "invasores" do país.
"Nossos militares, nossa guarda nacional, nossa polícia nacional, nossas defesas, nosso serviço especial, cidadãos da Ucrânia: por favor, continuem. Nós venceremos", disse o presidente ucraniano em pronunciamento à imprensa. "Kiev e áreas-chave [ao redor da capital] estão sob controle de nosso exército."
"Por favor, parem aqueles que mentem ou tentam mentir para vocês. Precisamos parar essa guerra", completou.
Estamos resistindo com sucesso aos ataques inimigos. Sabemos que estamos defendendo nossa terra e o futuro de nossos filhos. (...) Os invasores queriam instalar seu fantoche em nossa capital. Não conseguiram. Combatemos o bom combate em nossas ruas.
Volodimir Zelensky, à imprensa
Mais cedo, Zelensky já havia descartado a possibilidade de rendição aos ataques da Rússia. A declaração, publicada em vídeo nas redes sociais, acontece um dia depois de um porta-voz do presidente anunciar que a Ucrânia havia aceitado negociar um cessar-fogo.
"Estou aqui. Não baixaremos as armas. Vamos defender nosso país, porque nossa arma é a verdade, e nossa verdade é que esta é nossa terra, nosso país, são nossas crianças. E vamos defender tudo isso. É isso. Era o que eu queria dizer a vocês. Glória à Ucrânia", disse Zelensky, segundo tradução para o inglês feita pela CNN.
Oferta dos EUA
Ontem (25), o governo dos Estados Unidos afirmou que está preparado para ajudar Zelensky a deixar a Ucrânia e evitar que ele seja capturado ou morto pelas forças russas. A informação é do jornal americano The Washington Post, que ouviu fontes da Ucrânia e dos EUA.
Hoje (26), porém, Zelensky recusou a oferta, dizendo precisar de "munição, não carona", como divulgado nas redes sociais pela embaixada ucraniana no Reino Unido.
Especialistas consultados pelo UOL apontaram três cenários possíveis para o destino de Zelensky: fuga para um país aliado, captura pelos russos — que historicamente já fizeram reféns governantes de nações anexadas — e a morte no confronto.
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