Presidente ucraniano Zelensky se torna referência global em meio à guerra
"Estamos lutando pela sobrevivência. Essa é a maior motivação de todas", falou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por vídeo, para o Parlamento Europeu na terça-feira. Ao fim do discurso, foi aplaudido de pé.
Em uma semana de invasão promovida pela Rússia, Zelensky emergiu à posição de referência global pela liderança que tem exercido dentro e fora da Ucrânia. Não deixou o país e, por vídeos publicados nas redes sociais, exorta a população a resistir à invasão. Ao mesmo tempo, negocia com líderes globais por apoio tanto com armamentos como com sanções para enfraquecer a Rússia.
"Zelensky tem conseguido lidar com a guerra de uma maneira que surpreendeu muitos analistas. Não fugiu do país, segue na Ucrânia mobilizando a população e atuando como um agente de coesão interna em um momento extremamente grave", diz Lucas Rezende, professor do Departamento de Ciência Política da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
"Muita gente achou que Zelenksy não conseguiria ter esse papel, uma vez que ele não tem o traquejo de um político profissional. E uma situação de guerra é o pior momento que qualquer liderança pode enfrentar", segue Rezende. O cargo de presidente é a primeira posição política ocupada por Zelenksy, que era ator e comediante antes de se candidatar. Foi eleito em 2019, com mais de 70% dos votos.
"Sou deputada do partido de oposição ao presidente. Ainda temos muitas divergências. Mas agora deixamos tudo para mais tarde. Hoje, estou ao lado do meu presidente como Comandante Supremo das Forças Armadas da Ucrânia", publicou no Twitter a deputada ucraniana Inna Sovsun.
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