Embaixador do Brasil diz que Conselho da ONU 'falha' em crise na Ucrânia
Durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) hoje, o embaixador do Brasil, Ronaldo Costa Filho, disse que a cúpula tem "falhado" em resolver a invasão da Rússia na Ucrânia.
"Não podemos ignorar o papel que o Conselho deve desempenhar, mas que não está desempenhando na situação atual. Uma série de reuniões foram realizadas nesta câmara sob a situação na Ucrânia e parece que não importa quantas reuniões convoquemos, um cessar-fogo e um fim de todas as hostilidades ainda permanece uma solução evasiva", disse.
"Isso não é um paradoxo, ao contrário, é uma falha do Conselho de agir de uma forma construtiva em endereçar esse tópico", concluiu.
Segundo Costa Filho, o posicionamento do Brasil é exigir que os outros membros do Conselho sejam ativos em buscar soluções para acabar o conflito armado entre Rússia e Ucrânia.
Ataque a usina motivou reunião
O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se reúne nesta tarde (horário de Brasília), nos EUA, para discutir o incêndio em uma usina na Ucrânia após ataque da Rússia. O fogo foi extinto hoje de manhã (horário de Kiev). A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, condenou a "incrivelmente imprudente" ação russa.
Para ela, o ataque contra a maior central nuclear da Europa, em Zaporizhzhia, foi "incrivelmente imprudente e perigoso e ameaçou a segurança dos cidadãos na Rússia, Ucrânia e Europa", disse a embaixadora americana, que lembrou que as instalações nucleares "não devem fazer parte deste conflito".
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse hoje, no nono dia de invasão, que o ataque da Rússia contra a usina nuclear de Zaporizhzhia, no sudoeste do país, poderia ter "parado a história da Europa".
Em um vídeo publicado em sua conta no Instagram, Zelensky disse os soldados russos sabiam no que estavam atirando, algo que ele classificou como "um terror nunca visto antes".
"Sobrevivemos à noite que poderia parar a história da Ucrânia e da Europa", afirmou. O presidente ucraniano disse ainda que os militares russos não têm memória sobre a tragédia de Chernobyl, ocorrida em 1986, e fez um apelo para que a população russa denuncie a situação.
Além de aumentar a tensão do conflito, o objetivo da Rússia é controlar a produção energética ucraniana durante a guerra, segundo especialistas ouvidos pelo UOL.
*Com Reuters
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