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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Na madrugada, Rússia avança e cidade de Mariupol pede corredor humanitário

Do UOL, em São Paulo

05/03/2022 04h49Atualizada em 05/03/2022 10h25

No décimo dia de invasão à Ucrânia, a Rússia continuou a avançar contra a cidade portuária de Mariupol e Chernihiv, localizado ao norte. Em Mariupol, o prefeito pediu a criação de um corredor humanitário para proteger moradores contra o "ataque implacável" da Rússia.

Às 10h no horário local (4h no horário de Brasília), o Ministério da Defesa russo informou que foram abertos dois corredores humanitários em Mariupol e Volnovakha.

Segundo relatório divulgado nesta manhã pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, quatro cidades ucranianas já estão cercadas por tropas russas: Mariupol, Chernihiv, Kharkiv e Sumy.

O documento também diz que a taxa de ataques aéreos e militares da Rússia caiu nas últimas 24 horas.

As forças russas provavelmente estão avançando na cidade portuária de Mykolaiv, no sul. Existe uma possibilidade realista de que algumas forças tentarão contornar a cidade para priorizar a progressão em direção a Odesa.
Relatório do Ministério da Defesa do Reino Unido

'Ataques implacáveis' em Mariupol e Chernihiv

Nas primeiras horas da manhã de sábado, uma grande explosão foi observado no céu de Chernihiv, marcando o avanço da Rússia na cidade.

Um vídeo que circula nas redes sociais, verificado pela agência Associated Press, mostra o momento da explosão.

De acordo com as autoridades locais, 47 pessoas foram mortas em Chernihiv desde o início da invasão russa.

Em Mariupol, o prefeito Vadim Boychenko afirmou que a cidade registrou "mais um dia difícil" e que civis estão sofrendo "ataques implacáveis". Ele pediu a criação de um corredor humanitário para que alimentos e remédios possam ser entregues à cidade.

Nesta madrugada, um ataque aéreo russo em uma área residencial em Markhalivka, ao sul de Kiev, matou sete pessoas, incluindo duas crianças, segundo informações do site Sky News.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Presidente da Ucrânia responsabiliza Otan por mortes

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky fez duras críticas à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e condenou a recusa de se criar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia.

Todas as pessoas que morrerem de hoje em diante também morrerão por sua causa, por sua fraqueza, por sua falta de unidade.
Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky

"A Otan decidiu deliberadamente não cobrir os céus da Ucrânia... Acreditamos que os países da Otan criaram uma narrativa de que fechar os céus sobre a Ucrânia provocaria a agressão direta da Rússia contra a Otan. Essa é a auto-hipnose de quem é fraco, inseguro por dentro, apesar de possuir armas muitas vezes mais fortes do que nós. temos", afirmou Zelensky.

Ele ainda afirmou que a Otan deu "luz verde ao bombardeio de cidades e aldeias ucranianas".

Mapa Otan - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Embaixada dos EUA condena ataque russo à usina nuclear

A embaixada dos EUA na Ucrânia afirmou que a Rússia cometeu um crime de guerra ao realizar um ataque aéreo contra a usina de Zaporizhzhia, a maior do tipo na Europa.

Em um comunicado, a embaixada afirmou que "o bombardeio de Putin contra a maior usina nuclear da Europa leva seu reinado de terror um passo adiante".

Autoridades dizem que, apesar do incêndio causado pelo bombardeio, não foi liberada radiação. Três militares da Ucrânia morreram e dois ficaram feridos após o ataque.

A Rússia culpa a Ucrânia pelo ataque à usina nuclear e diz que controla o complexo desde o dia 28 de fevereiro.