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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Zelensky confirma cessar-fogo parcial, mas pede que civis 'fiquem e lutem'

Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, confirmou o cessar-fogo de cinco horas para a retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha, mas pediu a quem puder que "fique e lute" contra a Rússia - Reprodução/Telegram
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, confirmou o cessar-fogo de cinco horas para a retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha, mas pediu a quem puder que "fique e lute" contra a Rússia Imagem: Reprodução/Telegram

Do UOL, em São Paulo

05/03/2022 06h57Atualizada em 05/03/2022 10h38

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou hoje o cessar-fogo de cinco horas para a retirada de civis das cidades de Mariupol e Volnovakha, mas pediu a quem puder que "fique e lute" contra as forças da Rússia. A retirada de civis foi cancelada horas depois por "questões de segurança".

"Conseguimos obter um acordo para fornecer assistência às cidades da Ucrânia que estão na pior situação, Mariupol e Volnovakha, e salvar crianças, mulheres e idosos, além de fornecer medicamentos e alimentos para aqueles que ficam", afirmou Zelensky em discurso traduzido pelo site Sky News.

As pessoas dispostas a deixar esses lugares devem poder fazê-lo agora usando o corredor humanitário, mas as que puderem devem continuar lutando.
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em discurso

Ele afirmou que a Ucrânia está fazendo de tudo para que o acordo de cessar-fogo funcione. "Veremos se podemos avançar ainda mais em nossas negociações com a Rússia".

Em seu discurso, Zelensky voltou a provocar os Estados Unidos. Ele questionou "o que mais é necessário" para convencer Joe Biden a implementar uma zona de exclusão aérea. Segundo ele, 74% dos americanos concordam que isso é necessário.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

'Não temos escolha a não ser sair', diz prefeito de Mariupol

Mais cedo, o prefeito de Mariupol, Vadym Boichenko, pediu que moradores deixem a cidade após a Rússia anunciar a abertura do corredor humanitário. A cidade está sem energia e água e há relatos de que a Rússia está destruindo infraestrutura civil e bairros residenciais.

"Caros moradores de Mariupol, a partir de hoje começa a evacuação da população civil na cidade. Não é uma decisão fácil, mas, como sempre disse, Mariupol não são ruas e casas. Mariupol são seus habitantes, somos você e eu. Nossa principal tarefa sempre foi e continua sendo proteger as pessoas."

Nas condições em que nossa cidade está, constantemente sob fogo implacável dos ocupantes, não há outra solução senão permitir que os moradores, isto é, você e eu, deixem Mariupol com segurança.
Comunicado do prefeito de Mariupol, Vadim Boychenko

Mariupol decide adiar retirada de civis

A cidade de Mariupol, no leste da Ucrânia, adiou a retirada de civis por "questões de segurança". Mariupol diz que a Rússia continua a bombardear a cidade e arredores.

Em comunicado, a cidade reafirmou que a Rússia não está respeitando o cessar-fogo. "Pedimos a todos os moradores de Mariupol que se dispersem e sigam para os locais de abrigo. Mais informações sobre a evacuação serão divulgadas em breve".

Uma segunda operação de retirada de civis aconteceria na cidade de Volnovakha.