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Manifestantes protestam em Taiwan contra invasão da Ucrânia pela Rússia

06.mar.2022 - Pessoas seguram cartazes enquanto participam de uma manifestação contra a invasão da Ucrânia pela Rússia na capital Taipei, em Taiwan. - REUTERS / Ann Wang
06.mar.2022 - Pessoas seguram cartazes enquanto participam de uma manifestação contra a invasão da Ucrânia pela Rússia na capital Taipei, em Taiwan. Imagem: REUTERS / Ann Wang

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

06/03/2022 07h27Atualizada em 06/03/2022 10h44

Centenas de manifestantes foram hoje às ruas de Taipei, capital de Taiwan, para protestar contra a invasão da Rússia no território da Ucrânia. Taiwan acompanha de perto a situação na Ucrânia, diante da ameaça constante de sofrer uma invasão por parte da China. Pequim reivindica soberania sobre a ilha e prometeu tomá-la, mesmo à força.

Segundo a CNN Internacional, ucranianos que moram em Taiwan e legisladores do país estavam no protesto e carregavam bandeiras de ambos os países e com as mensagens: "sem guerra" e "Taiwan fica com a Ucrânia".

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

As manifestações ficaram concentradas na Praça da Liberdade, local fundamental durante a década de 1990 quando Taiwan deixou de ter um governo de partido único e virou uma democracia.

"Estou aqui em solidariedade ao povo de Taiwan e de outras nacionalidades que vieram aqui para protestar contra a guerra", disse Oleg Nevenglovskiy, um ucraniano que mora em Taiwan há dois anos.

Nevenglovskiy ainda comentou que a guerra não é apenas contra a Ucrânia, mas é contrária a "toda a humanidade".

"É importante que todos acordem e levantem a voz — como puderem — para lembrar aos outros que esta não é apenas uma guerra contra a Ucrânia, mas contra toda a humanidade. Todos queremos que isso pare, mas não consigo ver. Temo pela minha nação, temo pelo meu povo".

O ucraniano Anatolii Bakurov, que vive em Taiwan há 10 anos, afirmou que apesar de algumas pessoas compararem Taiwan com a Ucrânia, ele está mais otimista com o futuro do seu novo país.

"O país vizinho agora sabe o custo de uma invasão", desabafou ele, referindo-se à China continental. "Além disso, mesmo que seu exército seja muito mais forte, isso não significa nada, porque todas as pessoas civis do pequeno país se unirão e atacarão seus tanques sem armas. Você nunca conquistará nenhum país."

Presidente de Taiwan diz que país enfrenta ameaças similares às da Ucrânia

Os países democráticos não podem "fechar os olhos para a agressão militar", declarou a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, na quarta-feira (2), advertindo que a ilha enfrenta ameaças similares às enfrentadas pela Ucrânia.

"O compromisso do povo ucraniano com a proteção de sua liberdade e democracia, e sua corajosa dedicação à defesa de seu país, encontraram profunda empatia no povo de Taiwan, porque nós também estamos na linha de frente da batalha pela democracia", frisou Tsai.

"A história nos ensina que, se fecharmos os olhos para a agressão militar, agravamos a ameaça contra nós mesmos", disse a presidente Tsai Ing-wen. A fala foi feita em reunião com uma delegação de ex-oficiais militares americanos.

Liderada pelo ex-chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Michael Mullen, a delegação chegou a Taiwan na terça-feira (2), em um momento de tensões entre Washington e Pequim sobre a ilha, assim como de crise pela invasão da Rússia à Ucrânia.

A presidente alertou sobre a crescente ameaça militar de Pequim contra Taiwan, afirmando que a China chegou a "usar táticas de guerra cognitiva e desinformação para dividir a sociedade taiwanesa".

Desde a eleição de Tsai, em 2016, Pequim intensificou a pressão sobre Taiwan. No ano passado, a China aumentou as ameaças, com aviões militares fazendo incursões quase diárias à zona de defesa aérea taiwanesa.

*Com AFP

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