Manifestantes protestam em Taiwan contra invasão da Ucrânia pela Rússia
Colaboração para o UOL, em São Paulo*
06/03/2022 07h27Atualizada em 06/03/2022 10h44
Centenas de manifestantes foram hoje às ruas de Taipei, capital de Taiwan, para protestar contra a invasão da Rússia no território da Ucrânia. Taiwan acompanha de perto a situação na Ucrânia, diante da ameaça constante de sofrer uma invasão por parte da China. Pequim reivindica soberania sobre a ilha e prometeu tomá-la, mesmo à força.
Segundo a CNN Internacional, ucranianos que moram em Taiwan e legisladores do país estavam no protesto e carregavam bandeiras de ambos os países e com as mensagens: "sem guerra" e "Taiwan fica com a Ucrânia".
As manifestações ficaram concentradas na Praça da Liberdade, local fundamental durante a década de 1990 quando Taiwan deixou de ter um governo de partido único e virou uma democracia.
"Estou aqui em solidariedade ao povo de Taiwan e de outras nacionalidades que vieram aqui para protestar contra a guerra", disse Oleg Nevenglovskiy, um ucraniano que mora em Taiwan há dois anos.
Nevenglovskiy ainda comentou que a guerra não é apenas contra a Ucrânia, mas é contrária a "toda a humanidade".
"É importante que todos acordem e levantem a voz — como puderem — para lembrar aos outros que esta não é apenas uma guerra contra a Ucrânia, mas contra toda a humanidade. Todos queremos que isso pare, mas não consigo ver. Temo pela minha nação, temo pelo meu povo".
O ucraniano Anatolii Bakurov, que vive em Taiwan há 10 anos, afirmou que apesar de algumas pessoas compararem Taiwan com a Ucrânia, ele está mais otimista com o futuro do seu novo país.
"O país vizinho agora sabe o custo de uma invasão", desabafou ele, referindo-se à China continental. "Além disso, mesmo que seu exército seja muito mais forte, isso não significa nada, porque todas as pessoas civis do pequeno país se unirão e atacarão seus tanques sem armas. Você nunca conquistará nenhum país."
Presidente de Taiwan diz que país enfrenta ameaças similares às da Ucrânia
Os países democráticos não podem "fechar os olhos para a agressão militar", declarou a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, na quarta-feira (2), advertindo que a ilha enfrenta ameaças similares às enfrentadas pela Ucrânia.
"O compromisso do povo ucraniano com a proteção de sua liberdade e democracia, e sua corajosa dedicação à defesa de seu país, encontraram profunda empatia no povo de Taiwan, porque nós também estamos na linha de frente da batalha pela democracia", frisou Tsai.
"A história nos ensina que, se fecharmos os olhos para a agressão militar, agravamos a ameaça contra nós mesmos", disse a presidente Tsai Ing-wen. A fala foi feita em reunião com uma delegação de ex-oficiais militares americanos.
Liderada pelo ex-chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Michael Mullen, a delegação chegou a Taiwan na terça-feira (2), em um momento de tensões entre Washington e Pequim sobre a ilha, assim como de crise pela invasão da Rússia à Ucrânia.
A presidente alertou sobre a crescente ameaça militar de Pequim contra Taiwan, afirmando que a China chegou a "usar táticas de guerra cognitiva e desinformação para dividir a sociedade taiwanesa".
Desde a eleição de Tsai, em 2016, Pequim intensificou a pressão sobre Taiwan. No ano passado, a China aumentou as ameaças, com aviões militares fazendo incursões quase diárias à zona de defesa aérea taiwanesa.
*Com AFP
Guerra entre Rússia e Ucrânia entra no 11º dia; veja imagens do conflito
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Moradores locais correm para se proteger enquanto escapam da cidade de Irpin, após forte bombardeio na única rota de fuga usada por moradores, enquanto tropas russas avançam em direção à capital, em Irpin, perto de Kiev, Ucrânia.
CARLOS BARRIA/REUTERS
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Bombardeio em Irpin
Homem com colete de 'imprensa' é visto tentando sair de local perto de bombardeio no distrito de Irpin, no oeste de Kiev, na capital da Ucrânia.
Moradores locais procuram abrigo enquanto escapam da cidade de Irpin, perto da capital Kiev, na Ucrânia, após forte bombardeio na única rota de fuga usada pelos moradores.
Fumaça é vista após impacto de artilharia perto de ponte, única rota de fuga utilizada por moradores para deixar a cidade de Irpin, perto de Kiev, na Ucrânia, enquanto tropas russas avançam em direção à capital.
Jornalistas correm para se proteger após bombardeios pesados ??na única rota de fuga usada por moradores, enquanto tropas russas avançam em direção à capital, em Irpin, perto de Kiev, na Ucrânia.
Morador reage ao ver casa pegando fogo após forte bombardeio na única rota de fuga usada por moradores para deixar a cidade de Irpin, enquanto tropas russas avançam em direção à capital, a 24 km de Kiev, na Ucrânia.
Moradores locais fogem da cidade de Irpin, após bombardeios pesados ??atingirem a única rota de fuga usada por moradores, enquanto tropas russas avançam em direção à capital Kiev, em Irpin, perto de Kiev, Ucrânia.
Um homem ajuda uma idosa a correr para se proteger após um bombardeio pesado na única rota de fuga usada por moradores, enquanto tropas russas avançam em direção à capital, em Irpin, perto de Kiev, na Ucrânia.
Ataques da Rússia com mísseis destruíram neste domingo (6) o aeroporto e moradias na cidade de Vinnytsia, a cerca de 200 quilômetros ao sudoeste de Kiev, capital da Ucrânia.
Leia maisReprodução/Telegram/Parlamento da Ucrânia
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Destruição em Vinnytsia
Ataques da Rússia com mísseis destruíram neste domingo (6) o aeroporto e moradias na cidade de Vinnytsia, a cerca de 200 quilômetros ao sudoeste de Kiev, capital da Ucrânia.
Leia maisReprodução/Telegram/Parlamento da Ucrânia
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Destruição em Vinnytsia
Governo da Ucrânia diz que aeroporto de Vinnytsia foi atingido com oito mísseis russos
Reprodução
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Destruição em Vinnytsia
Ataques da Rússia com mísseis destruíram neste domingo (6) o aeroporto e moradias na cidade de Vinnytsia, a cerca de 200 quilômetros ao sudoeste de Kiev, capital da Ucrânia.
Leia maisReprodução/Telegram/Parlamento da Ucrânia
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Uma residente passa por estruturas antitanques bloqueando as ruas do centro de Kiev, capital da Ucrânia, em meio à invasão da Rússia.
SERGEI SUPINSKY/AFP
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Membros das Forças de Defesa Territoriais da Ucrânia, reserva militar das Forças Armadas do país, montam guarda ao lado de estruturas antitanques que bloqueiam as ruas do centro de Kiev, na capital do país.
SERGEI SUPINSKY/AFP
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Um soldado da Ucrânia olha através de binóculos para a cidade de Stoyanka em um posto de controle antes da última ponte na estrada que liga Stoyanka a Kiev, capital do país.
ARIS MESSINIS/AFP
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Coquetéis molotov
Um voluntário prepara coquetéis molotov em uma oficina de automóveis em Kiev, capital da Ucrânia.
ARIS MESSINIS/AFP
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Coquetéis molotov
Um voluntário prepara coquetéis molotov em uma oficina de automóveis em Kiev, capital da Ucrânia.
ARIS MESSINIS/AFP
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Um voluntário fica dentro de uma oficina mecânica enquanto recondiciona metralhadoras que foram retiradas do exército da Rússia, em Kiev, na capital da Ucrânia.
ARIS MESSINIS/AFP
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Um soldado da Ucrânia olha através de binóculos para a cidade de Stoyanka em um posto de controle antes da última ponte na estrada que liga Stoyanka a Kiev, capital do país.
ARIS MESSINIS/AFP
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Pedestres atravessam uma ponte destruída ao evacuar a cidade de Irpin, a noroeste da capital da Ucrânia, Kiev, em 6 de março de 2022, 11 dias após a Rússia lançar uma invasão militar no país.
DAPHNE ROUSSEAU/AFP
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Um morador local passa por membros das Forças de Defesa Territoriais da Ucrânia, a reserva militar das Forças Armadas da Ucrânia, enquanto montam guarda ao lado de estruturas antitanques que bloqueiam as ruas do centro da capital Kiev, em meio à invasão da Rússia.
SERGEI SUPINSKY/AFP
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6.mar.2022 - Um homem é detido durante um protesto anti-guerra em Yekaterinburg, Rússia, após a invasão da Ucrânia
REUTERS
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6.mar.2022 - Pessoas recebem ajuda humanitária na região de Donetsk, na Ucrânia
REUTERS
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6.mar.2022 - Carro destruído é visto em frente a uma casa danificada por bombardeios na região de Kiev, na Ucrânia
REUTERS
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6.mar.2022 - Idosos se abrigam no porão de um prédio com alguns pertences e alimentos, depois que tropas russas bombardearam a área na segunda maior cidade ucraniana de Kharkiv
AFP
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6.mar.2022 - Pessoas fugindo da invasão russa da Ucrânia chegam ao posto de fronteira em Medyka, Polônia
REUTERS
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6.mar.2022 - Voluntários preparam comida para pessoas que fogem da invasão russa na Ucrânia. Imagem retrata posto da fronteira em Medyka, na Polônia
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